6 de dez. de 2020

Delegado é preso com plantação de maconha no Distrito Federal

 

Além de Marcelo Marinho de Noronha, foram detidos a esposa dele e os dois filhos por tráfico

O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Marcelo Marinho de Noronha foi preso em flagrante, nessa sexta-feira (4/12), numa grande plantação de maconha. A investigação de tráfico de drogas é conduzida pela Corregedoria-Geral da corporação.

Noronha foi flagrado com diversas espécies de sementes e mudas, além de plantas já desenvolvidas, em um lote em São Sebastião. O espaço contava com estrutura de iluminação e estufa para condicionamento do entorpecente.

Além do delegado, foram presos a esposa e dois filhos, identificados como Teresa Cristina Cavalcante Lopes, Marcos Rubenich Marinho de Noronha e Ana Flavia Rubenich Marinho de Noronha, respectivamente. A audiência de custódia dos suspeitos deve ocorrer neste sábado (5).

Noronha é delegado da 1ª classe. Ele já atuou na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) e atualmente integrava a Comissão Permanente de Disciplina (CPD) da PCDF. Procurada pelo Metrópoles, a corporação confirmou a ação e disse que a Corregedoria-Geral de Polícia Civil tem total autonomia para trabalhar.

Entre o material apreendido, após autorização judicial, estão vasos plásticos, 24 plantas grandes que eram cultivadas em tambores, 105 mudas de plantas pequenas, que estavam em recipientes pequenos, e aparentavam ser maconha. Além de 14 luminárias com extensão.

No local, foram apreendidos, ainda, fertilizantes, uma pistola da marca Taurus, calibre .40, de propriedade da PCDF, uma espingarda calibre .12, diversas munições calibre .40, e contas de água e luz da chácara em nome de Teresa Cristina Cavalcante Lopes.

Desde o início da investigação, em 17 de novembro, agentes passaram a monitorar a família e constataram que o delegado se revezava entre sua residência, as atividades na Polícia Civil e a chácara onde a plantação foi encontrada. Também chamou a atenção dos investigadores as compras sucessivas de sacos de gelo, que pode ser aplicado no processo de secagem e extração para a produção de tipos mais concentrados da droga.

Drones captaram imagens de diversos vasos empilhados no canto do lote, bem como mudas de maconha e demarcações no solo para o plantio, o que comprovariam uma expansão da produção. “Ao dar cumprimento aos mandados, na chácara em que supostamente estavam sendo plantados os entorpecentes, a Polícia Civil encontrou um complexo de produção de maconha, que segundo o condutor do flagrante, seria em escala industrial e nunca, em 22 anos de polícia, havia visto algo semelhante”, destacou o processo.

De acordo com o relatório, Marcelo Noronha contou ter viajado até a Colômbia com a mulher, entre os dias 14 e 21 de novembro, para comprar sementes de cannabis. Ele admitiu que fornecia a substância a amigos próximos.

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