22 de fev. de 2021

Governo percorre aldeias da Terra Indígena do Rio Pindaré para conhecer demandas da Educação Indígena

 



Dialogar com as comunidades, conhecer de perto as demandas e encaminhar soluções que possam garantir o fortalecimento da Educação Indígena. Com estes objetivos, neste sábado (20), o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), percorreu seis aldeias da Terra Indígena Pindaré. Foram visitadas as aldeias Januária, Alto do Angelim, Piçarra Preta, Tabocal, Areão e Novo Planeta.

Em cada uma das aldeias, a equipe, coordenada pelo Secretário Felipe Camarão, vistoriou escolas, analisou a estrutura de prédios escolares e fez encaminhamento de acordo com as necessidades observadas e relatadas pela comunidade escolar. Em quatro das seis aldeias visitadas, o secretário assumiu o compromisso de, por meio do Programa Escola Digna, reformar as escolas, ainda este ano, para garantir estruturas mais dignas e acolhedora para crianças e adolescentes indígenas.

“O governo Flávio Dino sempre esteve muito atento às questões educacionais da população maranhense e com os nossos irmãos indígenas, não é diferente. Já reformamos e construímos várias escolas em Terras Indígenas maranhenses, já realizamos vários seletivos, formações continuadas, entre outras ações. Aqui, na Terra Indígena Rio Pindaré, havia essa lacuna relacionada à questão da infraestrutura das escolas. Tínhamos reforma planejadas no nosso cronograma, mas, pandemia atrapalhou um pouco. Agora, estamos aqui, para conhecer de perto a realidade da estrutura das escolas nessa região. Queremos ouvir as comunidades indígenas, porque ninguém melhor que elas para traduzirem de forma fidedigna as suas necessidades. Vamos tomar todas as medidas necessárias para trazer mais dignidade para crianças e adolescentes indígenas, no seu direito a aprender”, declarou Felipe Camarão.

Na Aldeia Tabocal, em vez de reformar o prédio da UIEEI Zemu’e Haw Takwar Tyw, o secretário deliberou por buscar parceria com a prefeitura de Bom Jardim para concluir a obra de uma unidade escolar que foi iniciada em 2008 e encontra-se abandonada dentro da Aldeia.

Na Aldeia Alto do Angelim, funciona uma sala de aula de taipa, que foi construída pela professora Alezenira Guajajara Alves, para dar aulas para as crianças da comunidade. Inicialmente a sala foi construída com apoio de uma entidade religiosa na região, mais tarde a comunidade buscou apoio do estado para manter a sala, que passou a funcionar como sala\anexo.
O secretário Felipe Camarão garantiu que vai doar, com recursos próprios, o material necessário para a construção de uma estrutura digna para que a professora possa ensinar seus alunos. A notícia dada pelo secretário encheu o coração da comunidade de esperança.

“É com muita satisfação que a gente recebeu vocês, aqui, e em nome de Jesus, o Doutor Felipe ‘tá’ se doando para nos ajudar. E a gente só agradece a Deus por tudo e pela vida dele, também. E estou feliz com a notícia que ele deu, porque vai melhorar muito a nossa vida”, disse, agradecida, a professora Alezenira Guajajara Alves.

“Para mim é uma imensa satisfação receber essa comitiva que representa a parte do estado, a educação. A gente ‘tava’ todo mundo ansioso a espera do secretário para a gente ouvir a sua disponibilidade e a gente citar, relatar os nossos problemas que a gente sente com relação à educação. E ele veio aqui com boa fé, e com boa fé, também, e na paz recebemos ele. Ele nos garantiu que vai mandar construir, fazer uma parceria aí, e nos conceder um ambiente para a professora lecionar a aula para nossas crianças. Então, nós povos indígenas da Aldeia Alto do Angelim nos sentimos muito grato”, disse Matias Costa Guajajara, da Aldeia Alto do Angelim.

Na Aldeia Junuária, a última visitada, representantes de todas as comunidades visitadas se reuniram com a comitiva do governo do Maranhão para deliberar outras pautas. A equipe também quis saber das comunidades, principalmente dos professores e gestores escolares, sobre como foi o andamento do ano de 2020, diante da situação da pandemia da Covid-19. E encaminharam diretrizes para o ano letivo de 2021.

Na oportunidade, o governo distribuiu cestas básicas da alimentação escolar, Kits Pedagógicos, máscaras, álcool, termômetros, uniformes escolares para o início do novo ano letivo.

“Estamos muito satisfeitos. Isso que a gente quer. É uma alegria muito grande para a gente, de chegar agora e se resolver as coisas, dos ‘encaminhamento’ da educação. É isso que a gente espera de vocês do estado, pra vim ver as demandas ‘das comunidade’ dos povos indígenas”, declarou Roberto Guajajara, Cacique da Aldeia Januária.

“O sentimento que a gente tem é de que é o primeiro secretário a vim na Terra Indígena Rio Pindaré, para um diálogo com a comunidade, pra ver de perto a realidade, ver as dificuldades sempre apresentadas através de documentos e de outras formas de manifestação. É parte de uma satisfação, porque a satisfação completa a gente vai ter quando ver tudo isso que foi acordado aqui, hoje, concretizado, saindo do papel. Mas, a gente já fica satisfeito pela tratativa que foi feita aqui, pelo secretário ter vindo, ter ouvido a comunidade, a ‘tá’ esse tempo todo aqui, no final de semana. Então, para nós a gente tem a esperança de que o que a gente fechou hoje aqui como compromisso vai sair do papel. A gente vai acompanhar, confiante nas pessoas que estão no governo, na pessoa do secretário e do governador para que concretize educacional indígena”, pontuou Flaubert Guajajara, professor indígena da Aldeia Januária.

“Saio dessa andança pelas aldeias da Terra Indígena Rio Pindaré, dessa reunião com os representantes indígenas, com o coração cheio de felicidade. Porque não há nada melhor que o diálogo, nada melhor que ouvir quem precisa ser ouvido. Nesse encontro, nós ouvimos e fomos ouvidos. E vamos fazer o que precisa ser feito”, finalizou Felipe Camarão.

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