César Pires compara Arnaldo a Severino Cavalcanti; presidente reage, mas é taxado de desleal
O presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), e o deputado César Pires (DEM), travaram um debate duro, mas elevado, na sessão desta quinta-feira depois que o democrata comparou o peemedebista ao ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti.
- Severino Cavalcanti foi aquele membro do baixo clero, que sonhava há anos com o comando da Câmara Federal. Foi eleito por um erro dos colegas – num gesto de rebeldia – e, uma vez no posto, meteu os pés pelas mãos até ser obrigado a renunciar para não ser cassado – descreveu o parlamentar em entrevista ao blog do jornalista Marco D’Eça.
Se sentindo ofendido, o presidente subiu à tribuna para se defender. Contou ter ficado órfão aos seis anos, mas mesmo assim conseguiu se formar em Medicina na UFMA.
Arnaldo disse não ter problema em ser comparado a Severino Calvanti, desde que esta comparação seja feita no sentido do homem humilde que chegou à presidência daquela Casa.
- Tenho 56 anos e nunca respondi a um processo na vida. Nunca fui intimado por um juiz ou promotor. Não tenho vaidade. A Assembleia é maior que eu. Estou no sexto mandato e ninguém pode dizer que “elegeu o Arnaldo”. Devo meus mandatos ao povo do Maranhão – defendeu-se o presidente.
(leia a íntegra do discurso).
Réplica
César Pires também foi à tribuna dizer ter 27 anos de vida pública e nunca respondeu um processo na vida.
- Estas correções de vida pública eu também tenho – disse, completando ter orgulho das irmãs do presidente terem se formado em curso implantado por ele no interior quando era reitor da Uema.
O democrata questionou o fato de Arnaldo Melo ter construído sua carreira no grupo Sarney, mas abandonado o grupo para ser secretário de Cidades no governo José Reinaldo (PSB) e integrado a base do governo Jackson Lago (PDT). Hoje o presidente diz apoiar o governo Roseana.
- Eu nunca pulei de um galho para o outro. Paguei um preço caro por não me curvar diante de qualquer benesse. Ofertas de toda ordem caíram sobre meus braços e minhas mãos. Raros são os homens que fazem isso. Às vezes se vendem pela menor dificuldade. Muda de governo, muda o sentido, muda o partido. Eu nunca fiz isso. Fui DEM, sou DEM a vida toda. Quero sair porque acho que o partido é menor que os meus desejos. Às vezes falta caráter, critério ou cumprimento de acordo – detonou numa referência a Arnaldo Melo.
Em relação à comparação com Severino Cavalcanti, disse apenas que estava questionando a postura do presidente, acusado de promover “farras” com o dinheiro da Casa.
- Não lhe agredir, não fiz nada, apenas fiz uma analogia – justificou (leia a íntegra do discurso).
Tréplica
Na tréplica, Arnaldo Melo afirmou que em seu discurso “não falei de lealdade ou deslealdade; falei da expectativa que tenho à frente desta Casa”.
O presidente disse ainda que em nenhum momento quis ofender a honra de César Pires, mas achou que o discurso do democrata fez “uma comparação destrutiva de minha imagem em termos de lealdade”.
- Sempre cumpri minhas palavras. Eu construo minha história dentro da minha visão política. Isso (mudanças de lado) faz parte da política, da democracia – concluiu o presidente.
Ainda hoje mais informações.
- Severino Cavalcanti foi aquele membro do baixo clero, que sonhava há anos com o comando da Câmara Federal. Foi eleito por um erro dos colegas – num gesto de rebeldia – e, uma vez no posto, meteu os pés pelas mãos até ser obrigado a renunciar para não ser cassado – descreveu o parlamentar em entrevista ao blog do jornalista Marco D’Eça.
Se sentindo ofendido, o presidente subiu à tribuna para se defender. Contou ter ficado órfão aos seis anos, mas mesmo assim conseguiu se formar em Medicina na UFMA.
Arnaldo disse não ter problema em ser comparado a Severino Calvanti, desde que esta comparação seja feita no sentido do homem humilde que chegou à presidência daquela Casa.
- Tenho 56 anos e nunca respondi a um processo na vida. Nunca fui intimado por um juiz ou promotor. Não tenho vaidade. A Assembleia é maior que eu. Estou no sexto mandato e ninguém pode dizer que “elegeu o Arnaldo”. Devo meus mandatos ao povo do Maranhão – defendeu-se o presidente.
(leia a íntegra do discurso).
Réplica
César Pires também foi à tribuna dizer ter 27 anos de vida pública e nunca respondeu um processo na vida.
- Estas correções de vida pública eu também tenho – disse, completando ter orgulho das irmãs do presidente terem se formado em curso implantado por ele no interior quando era reitor da Uema.
O democrata questionou o fato de Arnaldo Melo ter construído sua carreira no grupo Sarney, mas abandonado o grupo para ser secretário de Cidades no governo José Reinaldo (PSB) e integrado a base do governo Jackson Lago (PDT). Hoje o presidente diz apoiar o governo Roseana.
- Eu nunca pulei de um galho para o outro. Paguei um preço caro por não me curvar diante de qualquer benesse. Ofertas de toda ordem caíram sobre meus braços e minhas mãos. Raros são os homens que fazem isso. Às vezes se vendem pela menor dificuldade. Muda de governo, muda o sentido, muda o partido. Eu nunca fiz isso. Fui DEM, sou DEM a vida toda. Quero sair porque acho que o partido é menor que os meus desejos. Às vezes falta caráter, critério ou cumprimento de acordo – detonou numa referência a Arnaldo Melo.
Em relação à comparação com Severino Cavalcanti, disse apenas que estava questionando a postura do presidente, acusado de promover “farras” com o dinheiro da Casa.
- Não lhe agredir, não fiz nada, apenas fiz uma analogia – justificou (leia a íntegra do discurso).
Tréplica
Na tréplica, Arnaldo Melo afirmou que em seu discurso “não falei de lealdade ou deslealdade; falei da expectativa que tenho à frente desta Casa”.
O presidente disse ainda que em nenhum momento quis ofender a honra de César Pires, mas achou que o discurso do democrata fez “uma comparação destrutiva de minha imagem em termos de lealdade”.
- Sempre cumpri minhas palavras. Eu construo minha história dentro da minha visão política. Isso (mudanças de lado) faz parte da política, da democracia – concluiu o presidente.
Ainda hoje mais informações.
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