A denúncia de que o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, conselheiro Edmar Cutrim, estaria usando a força do cargo para pressionar prefeitos e lideranças e influenciá-los a apoiar o candidato a governador Flávio Dino (PCdoB), da coligação “Todos pelo Maranhão”, pode culminar com uma ação de abuso de poder político contra o comunista ou com a anulação da eleição.
A
opinião é do advogado especialista em Direito Eleitoral Marcos Lobo.
Segundo ele, no caso concreto cabe a proposição de uma Ação de
Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para apurar suposto abuso, que
pode ser protocolada na Justiça Eleitoral tanto pela coligação “Pra
Frente, Maranhão”, encabeçada pelo candidato a governador Edison Lobão
Filho (PMDB), quanto pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
“Claro
que pode [ser anulada a eleição]. A denúncia é de que o presidente do
TCE, no exercício do cargo, teria usado sua força política para
pressionar gestores e líderes políticos e direcionar o apoio deles a um
candidato. Nesse caso, pode ser proposta uma Ação de Investigação
Eleitoral para apurar o abuso de poder político e, se confirmadas,
tomadas as medidas cabíveis contra todos que porventura se tenham
beneficiado da conduta ilegal”, declarou.
A
AIJE deve ser protocolada pela coligação peemedebista ainda hoje. O
mesmo deve ocorrer com a ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por
meio da qual a campanha de Lobão Filho solicitará o afastamento
imediato do presidente do TCE e a reavaliação de contas julgadas pela
Corte.
“A atitude do
presidente do Tribunal de Contas coloca em xeque toda a disputa
eleitoral, a imparcialidade das contas por ele julgadas e sua
legitimidade para continuar à frente do TCE”, declarou a O Estado o
deputado licenciado Ricardo Murad (PMDB).
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