Um ataque do grupo terrorista islâmico Al Shabab contra uma base militar no Quênia deixou três americanos mortos no domingo 5 – um soldado e dois civis. Quatro jihadistas também morreram. Organização filiada à Al Qaeda desde 2012, o Al Shabab atua principalmente na Somália é não é aliado do Irã. É improvável, portanto, que o atentado seja uma reação à morte do general Qassem Soleimani no Iraque, na semana passada.
Em comunicado, o Pentágono informou que as vítimas são dois empreiteiros contratados pelo Departamento de Defesa e um militar. Além disso, outros dois americanos ficaram feridos e estão sendo retirados do país.
“Nossos pensamentos e orações estão com as famílias e os amigos dos nossos companheiros de equipe que perderam a vida hoje”, disse o general Stephen Townsend, general do Comando Militar dos EUA para a África. “Ao lado dos nossos aliados africanos e internacionais, vamos perseguir os responsáveis por este ataque e o Al Shabab”, completou o general.
A base de Manda Air Strip está no condado de Lamu, que faz fronteira com a Somália, e é utilizada por soldados dos Estados Unidos e do Quênia. Um relatório da polícia indicou que dois aviões, dois helicópteros americanos e “vários veículos americanos” foram destruídos na pista de pouso. O Al Shabab assumiu a autoria do ataque em comunicado e disse que a base militar é “uma das muitas plataformas de lançamento da cruzada americana contra o islã na região”. A milícia acrescentou que o atentado é parte da campanha “Al-Qods (Jerusalém) nunca será judeu”, um slogan usado pela primeira vez no ataque contra o complexo hoteleiro Dusit em Nairóbi, em janeiro do ano passado, no qual 21 pessoas morreram.
Desde outubro de 2011, quando o governo do Quênia enviou militares à Somália como resposta a uma onda de sequestros realizados pelo Al Shabab, os jihadistas atacaram vários alvos no país vizinho. O grupo controla parte do centro e do sul da Somália.
(Com agências EFE e AFP)
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