A criança deu entrada desfalecida no Hospital Municipal (HMP) e está em estado grave. Segundo a delegada Ana Carolina, que estava no plantão na 20ª Seccional e é titular da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam), o caso foi informado à polícia pelo HMP.
De acordo com a casa de saúde, ao dar entrada com a filha no hospital Irislene de início alegou que a criança estava brincando na cama, caiu e bateu a cabeça. Depois, quando estava assistindo televisão, a menina perdeu as forças e desfaleceu.
De acordo com a delegada, como a criança estava muito fraca, a equipe de saúde a encaminhou para a sala vermelha, de emergência, onde ficam os casos mais graves. “Uma técnica de enfermagem bastante experiente, ao retirar a fralda da criança, observou lesões nas partes íntimas dela, características de abuso sexual. A menina foi encaminhada a sala de sutura e durante o procedimento ela teve parada cardiorrespiratória e foi reanimada por uma equipe do Serviço Móvel de Urgência e depois foi entubada”, detalha a delegada.
De acordo com Ana Carolina, a criança está em estado grave e se conseguir resistir será transferida para o Hospital Regional de Marabá ou Belém. Diante do caso de suspeita de estupro, a Polícia Militar foi acionada.
Em conversa com uma médica, já na presença dos policiais, a mãe da criança contou que saiu para comprar carne e quando voltou a criança já estava muito mal no colo do padrasto. “Ela contou que ele a entregou e disse: toma, lava as partes íntimas dela, porque ela está toda suja. Durante o banho, a criança não reagia mais e ela levou para Deyvyd fazer massagem cardíaca. Como ele não conseguiu fazer o procedimento, chamaram um vizinho que os levou para o hospital”, informa a delegada.
MÃE ADMITE
O mais absurdo de toda essa história, é que mãe admitiu que sabia dos abusos sexuais praticados pelo companheiro contra a criança. Segundo a delegada, ela detalhou que quando se recusava a manter relações sexuais come Deyvyd, ele abusava da criança, por isso inventou a história de que a menor caiu, para tentar encobrir os abusos dele.
Diante dos fatos, os dois receberam voz de prisão ainda no hospital. Os dois foram indiciados por estupro de vulnerável e por tentativa de homicídio. “Deyvyd porque assumiu o risco de resultado morte da vítima e a mãe da criança por omissão, porque tinha conhecimento dos estupros sofridos pela filha e não procurou a polícia”, observa Ana Carolina.
De acordo coma delegada, os laudos médicos apontam que a criança tem lesões graves na vagina e a ânus. “O estado da criança é crítico”, ressalta.
Fonte: Boletins de ocorrência do Pará (Facebook)
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