Uma mulher de 20 anos deu à luz um bebê e o jogou pela janela de um apartamento, instantes depois, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A ocorrência foi confirmada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (19). A criança foi encontrada morta por uma moradora dentro de uma lixeira na frente do prédio. As informações são do G1. 

O caso ocorreu em um condomínio residencial na Rua Jamil Issa na noite da última quinta-feira (18). O bebê foi encontrado pela auxiliar de serviços gerais Cristiane Pereira Campos Silva, de 45 anos. Em entrevista , ela contou que sempre olha as lixeiras do prédio e, na ocasião, encontrou um saco plástico estranho em um dos baldes.

“Quando eu fui a segunda vez, vi um saco estranho. Tinha muito lixo em um balde só e a sacola estava separada. Quando eu levantei a sacola, vi muito sangue, ainda estava meio morno. Então, deixei lá e fui chamar o zelador”, explica. Segundo ela, o zelador a acompanhou até a lixeira e pediu para que ela olhasse o que havia dentro da sacola. “Comecei a abrir e vi o pé de uma criança”, relata. A testemunha informou ao homem o que havia visto e ele terminou de abrir o saco. Para a surpresa de ambos, havia um recém-nascido dentro.

“Eu comecei até a tremer, porque jamais imaginei passar por esse momento. Eu sou mãe. Como eu vou ter netos também, jamais vou querem que isso aconteça com a minha família. Não consegui comer nada. Aquela imagem não sai da minha cabeça em nenhum momento, aquela criança dentro de um saco plástico todo enroladinho”, explica emocionada.

De acordo com a auxiliar, havia muito sangue no local e ela até achou que era carne fresca. “Tinha muito sangue fora da lixeira”, afirmou a mulher. Após o encontro, a Polícia Militar foi acionada e uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também compareceu ao local.

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que quando os profissionais chegaram ao prédio, o recém-nascido já estavam sem vida. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande, onde a equipe de investigação apura o crime. A Polícia Civil ainda não sabe informar se o bebê nasceu morto e se o parto foi natural, um aborto espontâneo ou provocado.

O corpo da criança foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde exames serão feitos para comprovar se o bebê nasceu vivo ou não. A polícia não deu mais detalhes sobre a mãe da criança.