Mais de cem pessoas foram conduzidas à Delegacia Regional de Imperatriz, no fim de semana, durante operação das polícias Civil e Militar. Pelo menos 30 delas são suspeitas de envolvimento com o crime organizado. Armas de fogo e drogas foram apreendidas pela força-tarefa.
O resultado da operação Imperatriz Segura foi divulgado em uma coletiva na Delegacia Regional da Polícia Civil. A ação das forças especiais das polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros, foi iniciada no dia 23 deste mês e resultou na condução de 111 pessoas suspeitas de envolvimentos nos atentados aos veículos, que foram queimados na semana passada em Imperatriz.
Das 111 pessoas presas, 30 foram autuadas por ligação nas ações criminosas. Durante a operação, a polícia apreendeu: 228 gramas de maconha, 30 quilos de cocaína, dois quilos de crack, 841 comprimidos de êxtase e SLD, além de 26 armas de fogo entre revólveres e espingardas.
Só na noite desse domingo (27), foram feitas 47 conduções para a delegacia, e 11 pessoas ficaram presas.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, todos os presos têm envolvimento com algum grupo criminoso que atua na cidade. Dois deles eram procurados em outros estados. No Amazonas, um dos presos teria atuado no massacre ocorrido em cadeias de Manaus.
"Dois criminosos de altíssima periculosidade, procurados em outros estados da federação. Um deles, inclusive, com relações internacionais. Nós vamos oficiar aos órgãos federais e aos estados em que eles são procurados, que eles estão aprisionados aqui no estado do Maranhão", explicou o secretário.
Ainda de acordo com Jefferson Portela, o resultado da operação foi altamente positivo devido a dedicação da força policial.
"O sucesso da operação se deve à dedicação plena desses homens e mulheres que formam a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, atuando 24h por dia, durante todo o período da Operação Imperatriz Segura. Portanto, um resultado altamente positivo com a retirada de circulação de criminosos, apreensão de drogas, armas de fogo e outros objetos ilícitos flagrados com esses que foram conduzidos para a Regional de Imperatriz", declarou o secretário.
Incêndios criminosos
A operação Imperatriz Segura foi iniciada dia 23 deste meses depois que um ônibus, que faz a rota para o bairro Bom Jesus, foi queimado por homens armados.
Na mesma noite, uma escola pública também foi atacada, os bandidos colocaram fogos nas carteiras da unidade, que só não queimaram por que o fogo foi controlado.
Um dia depois, uma máquina patrol, três caçambas e um ônibus foram incendiados dentro da Secretaria de Serviços Urbanos de Imperatriz.
Ações que, segundo a polícia, foram feitas devido a transferência de 13 detentos do presídio de Davinópolis. Eles comandavam os crimes da organização do lado de fora. Na unidade prisional, foram apreendidos 14 celulares em poder do presos.
Durante a coletiva, o secretário de Segurança Pública anunciou que a Polícia Militar vai receber oito novas viaturas em Imperatriz, além de reforços para a Polícia Civil. Jefferson Portela disse, ainda, que a operação Imperatriz Segura, que está em andamento na cidade, não tem prazo para terminar.
Segundo o comandante geral da Polícia Militar no Maranhão (PM-MA), tenente coronel Pedro Ribeiro, as forças policiais vão permanecer em Imperatriz, as rondas e as blitz, que durante a operação foram intensificadas, vão permanecer para combater a criminalidade.
"Nós vamos alocar viaturas, intensificar o policiamento nas regiões consideradas mais críticas, trabalhar fortemente no serviço de inteligência e fazer operações constantes. Porque o que a sociedade de Imperatriz realmente gosta é de polícia presente nas ruas, operações reais intensificadas e diariamente. Nós vamos abordar, realmente chegar junto e prender criminosos", garantiu o comandante geral da PM-MA.
Os processos serão encaminhados para a Vara de Combate ao Crime Organizado em São Luís.
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