Várias instituições de justiça, como o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas do Maranhão, estão reunindo provas sobre um esquema criminoso em que dados falsos são inseridos em programas ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que ‘infla’ o recebimentos de recursos para demandas que não existem. Esse esquema desvirtua o sistema público de saúde em quase 50 cidades do Maranhão.
A Controladoria Geral da União (CGU) informou que em Mata Roma, cidade com 17 mil habitantes, foram transferidos R$ 743 mil ao município, enquanto que o valor que deveria ser aplicado era de R$ 55 mil, o que resultou no bloqueio judicial de R$ 688 mil do Fundo Municipal de Saúde de Mata Roma.
Em um primeiro esquema, o dinheiro ‘a mais’ chega por meio da inserção de dados falsos no programa do Ministério da Saúde que envia recursos para a reabilitação de pacientes que tiveram Covid-19. Ao todo, são 21 municípios investigados. No segundo esquema, os dados falsos são inseridos para execução das emendas parlamentares (orçamento secreto). Nesse caso, o principal município investigado é Igarapé Grande, que tem 11 mil habitantes e teve um crescimento exponencial no número de procedimentos de saúde desde 2019. Além de Igarapé Grande, outros 45 municípios são investigados por possíveis irregularidades na inserção de dados falsos relacionados à execução das emendas parlamentares destinadas ao incremento da saúde.
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