O Maranhão registrou 1.855 casos de HIV, no período de janeiro a setembro deste ano, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. No ano passado, até outubro, o Maranhão notificou 1.852 casos positivos para HIV.
A faixa etária em que o HIV mais acomete é a faixa dos 20 a 49 anos, que corresponde a 80% (13.517) dos casos registrados de 2014 a outubro de 2023. Segundo a SES, percebe-se um aumento gradativo em duas faixas, as que compreendem os jovens de 15 a 34 anos, e pessoas acima dos 55 anos.
De acordo com o órgão, desde o início da epidemia foram notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan), da base SES, 16.887 casos de HIV, sendo 11.238 casos (63%) em pessoas do sexo masculino e 5.649 (36%) casos em pessoas do sexo feminino.
“No recorte dessa infecção, durante esse período, as 5 regiões de saúde que mais registraram HIV por residência foram a região Metropolitana de São Luís (6.188casos), seguidos pelas regiões de Pinheiro (1.556 casos), região de Imperatriz (1.518 casos), região de Codó (1.075 casos) e região de Santa Inês (717 casos)”, informou o órgão. No estado, no que tange a mortalidade por AIDS, nos últimos dez anos (2013 a outubro de 2023) foram registrados 4.315 óbitos por causa básica de AIDS.
Cerca de um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. Em 2022, foram 16.703 novos diagnósticos, sendo 826 só no Maranhão, terceiro maior número de registros no Nordeste, conforme o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) de 2022.Nacionalmente, o maior índice de infecção ocorre entre os jovens de 25 a 29 anos, que respondem por mais de 20% das notificações, entretanto, todas as idades e orientações sexuais precisam estar atentas ao uso de métodos de prevenção contra o vírus, como o uso de preservativos internos e externos além da Profilaxia pré-exposição (PrEP) e, emergencialmente, a Profilaxia pós-esposição (PEP)
Dezembro vermelho: campanha de conscientização
O Dezembro Vermelho é uma campanha de conscientização, que foi instituída pela Lei nº 13.504/2017, para o tratamento precoce da Aids e de outras infecções sexualmente transmissíveis.
A prevenção ainda é a melhor saída para se manter protegido contra o HIV. No Sistema Único de Saúde (SUS), a população pode recorrer à Prevenção Combinada, que é um conjunto de medidas destinado a proteger o indivíduo contra situações em que exista o risco de contato com o vírus.
Dentre as formas disponíveis, estão os testes rápidos, preservativos masculino e feminino, vacinação contra doenças sexualmente transmissíveis (Hepatite B e Papilomavírus Humano – HPV), medicações para pré e pós-exposição a situações em que exista o risco de contato com o vírus HIV, além de exames de pré-natal para gestantes como forma de prevenção da transmissão vertical.
No sistema público de saúde, os testes rápidos para detecção do HIV são oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios. Já o tratamento é ofertado nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e nos Serviços de Assistência Especializados também de responsabilidade das Prefeituras. Na rede estadual, a unidade de saúde referência para testes e tratamento é o Hospital Presidente Vargas, localizado no bairro Jordoa, na capital maranhense.
O Imparcial
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