Segundo a Polícia Militar do Maranhão, a vítima teve a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas arrancados. — Foto: Arquivo pessoal/Polícia Civil |
O assassinato brutal da jovem Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos completou um mês e até agora ainda não se sabe sequer a motivação do crime. A Polícia Civil, no entanto, afirma que mantém equipes na região de Maranhãozinho, local do homicídio, e que reforçou as investigações.
Ana Caroline foi encontrada morta, no dia 10 de dezembro de 2023, com requintes de crueldade no Bairro Novo, em Maranhãozinho, cidade a 232 km de São Luís. O que também chamou a atenção é que, de acordo com a Polícia Militar, a jovem teve a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas retirados.
O caso também continua sem que algum suspeito tenha sido identificado e um dos motivos é que aparentemente o assassinato não teve testemunhas. O celular da vítima é tido como elemento importante nas investigações e para entender a razão do ódio do criminoso contra Ana, devido a forma como o assassinato foi executado.
Mesmo assim, entidades de apoio à causa LGBTQIA+ e a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, tem apontado que esse pode ser um caso de lesbofobia, já que Ana tinha se mudado há pouco tempo para o Maranhãozinho, a fim de morar com a namorada.
"Recebi com dor e revolta a notícia do crime bárbaro que interrompeu a vida de Ana Caroline Sousa Campêlo, 21 anos, em Maranhãozinho, no Maranhão, onde ela ia morar com a namorada. Um crime de ódio contra as mulheres: lesbofobia", postou a ministra, nas redes sociais.
Investigações
Até o momento, a Polícia Civil diz que já ouviu vários depoimentos para encontrar quem teria matado a jovem e a motivação do crime.
No entanto, a Polícia Civil ainda não garante que esse é um caso de lesbofobia e diz que investiga várias hipóteses. O principal fator que atrapalha a identificação da motivação da morte é a falta de suspeitos, até o momento.
No dia do crime, a Polícia Militar acionada pelo tio da vítima que informou sobre o desaparecimento da sobrinha. Segundo o tio, que não foi identificado, Ana Carolina desapareceu na volta do trabalho e a bicicleta e o celular dela haviam sido encontrados próximo a casa onde ela vivia.
Segundo a PM, uma vizinha teria relatado aos policiais que ouviu uma mulher chorando na presença de um rapaz em uma motocicleta.
À polícia, a testemunha contou que chegou a usar uma lanterna na direção onde estava a mulher e o rapaz na moto para tentar ver o que estava acontecendo. Em seguida, o homem teria colocado a moça na motocicleta e fugido do local em direção a uma estrada vicinal que dá acesso ao Povoado Cachimbós, em Maranhãozinho.
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