Na última quinta-feira (6), a deputada estadual Mical Damasceno (PSD) causou polêmica ao utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar as supostas condições de produção do arroz que o Governo Federal planeja importar. Em seu discurso, ela alegou que o produto a ser destinado ao mercado brasileiro passa por práticas inadequadas de produção.

A medida de importação pelo governo brasileiro visa conter a alta nos preços do arroz, uma consequência direta da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do país. O aumento dos preços tem preocupado consumidores e autoridades, tornando a importação uma estratégia emergencial para garantir o abastecimento e estabilizar o mercado.

No entanto, a denúncia de Mical Damasceno foi prontamente desmentida pelo deputado Carlos Lula (PSB). Lula revelou que o argumento apresentado pela deputada é, na verdade, fruto de um vídeo do ano de 2021 e não está relacionado aos produtos que serão consumidos no Brasil. Ele esclareceu que o vídeo em questão circulou durante a pandemia, quando a administração federal também recorreu à importação de arroz para suprir a demanda interna.

Carlos Lula enfatizou a necessidade de verificar a veracidade das informações antes de disseminá-las, especialmente em momentos de crise. “Se vossa excelência olhar matéria do G1, UOL, Jovem Pan, todos dizendo ‘é falso, o Brasil não vai importar arroz de plástico chinês’. O presidente está tomando as providências para que esse preço não aumente ainda mais. No entanto, há quem queira impedir isso, e são os membros da extrema-direita, os bolsonarista”, afirmou o deputado.

Inspeção Rigorosa – O Governo Federal, por sua vez, assegurou que o arroz a ser importado passará por rigorosos controles de qualidade para atender aos padrões exigidos para o consumo no Brasil. Segundo informações oficiais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) está supervisionando todo o processo de importação, desde a seleção dos fornecedores até a chegada do produto ao país.

O arroz importado será submetido a inspeções detalhadas para garantir que está livre de contaminantes e atende às especificações nutricionais e sanitárias estabelecidas pelas autoridades brasileiras. Esse cuidado visa assegurar que o arroz que chega às mesas dos brasileiros seja seguro e de alta qualidade.

Em meio a esse debate, é fundamental que os representantes públicos atuem com responsabilidade, checando a veracidade das informações antes de levá-las ao público. A disseminação de fake news pode causar desinformação e pânico desnecessário, prejudicando a confiança da população nas medidas adotadas pelo governo.

A deputada Mical Damasceno ainda não se manifestou sobre o desmentido de Carlos Lula, mas espera-se que a verdade dos fatos seja restabelecida para tranquilizar a população sobre a segurança do arroz importado.