Carga de aproximadamente 23 mil toneladas de manganês seria transportada nesta quinta-feira (6) à China, a bordo de um navio mercante.

Polícia Federal apreende carga ilegal de manganês avaliada em R$ 30 milhões, no Porto do Itaqui

Polícia Federal apreende carga ilegal de manganês avaliada em R$ 30 milhões, no Porto do Itaqui…

A Polícia Federal apreendeu nesta quarta-feira (5) uma carga avaliada em quase R$ 30 milhões de manganês extraído ilegalmente no Pará. A ação faz parte da operação Dólos e foi realizada no Porto do Itaqui, na capital maranhense.

De acordo com a PF, a carga de aproximadamente 23 mil toneladas de manganês seria transportada nesta quinta-feira (6) à China, a bordo de um navio mercante. A investigação apontou que a empresa, sediada em Marabá, no Pará, praticava irregularidades como a falta de pagamento de impostos e notas fiscais “esquentadas”, em nome de outra mineradora.

Em maio deste ano, a empresa teve a licença suspensa devido às práticas ilegais. A Polícia Federal confirmou que a empresa estaria extraindo manganês de forma ilegal e exportando o mineral para a China.

O manganês apreendido ficará sob responsabilidade de empresa que opera no Porto do Itaqui, como depositária fiel, até que a Justiça defina o destino do minério.

No Pará, a prática da extração ilegal de minério é recorrente e o combate feito pela Polícia Federal aos garimpos na região é constante. As operações atuais são desdobramentos de outras recentes, como a operação Farra do Manganês, Pertinácia I e II e B8, deflagradas em 2023 e 2024.

– Detalhes 

A três dezenas de toneladas de manganês extraído de uma mina irregular em Marabá, sudeste do Estado, iria ser transportada para a China a bordo do navio mercante “Stellar Alazani”.

Os toneladas de minérios de manganês chegou ao Maranhão no último sábado dia 25, após sair do Terminal Ferroviário de Marabá. Seguiram pela ferrovia da VLI para o Estado do Maranhão com o uso de “notas frias” estavam no pátio de estocagem da empresa VLI Multimodal, estando, inclusive, já identificadas no “Line UP” do porto, em São Luís.

A carga deixaria o País sem pagamento de impostos e com notas fiscais “esquentadas” em nome da mineradora Três Marias Ltda., de propriedade do empresário Jamil Silva Amorim, detentor de pólos de exportação em Marabá e no Porto de Vila do Conde, em Barcarena.

O empresário Jamil Silva Amorim, proprietário da empresa Mineração Três Marias Ltda., é suspeito de comandar um esquema de tráfico “esquentado” milhões de toneladas de minério de manganês extraído de uma mina a céu aberto em Marabá, inclusive com emissão de notas fiscais frias “aprovadas pela fiscalização”.

O empresário licenciou uma mina na Vila do Capistrano, aprovada pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará, mas faz extração ilegal de minério em outra área, usando apenas a licença ambiental e as notas fiscais emitidas pela Secretaria da Fazenda para “envernizar” o produto como legal.