Em todos os casos, as mulheres eram indígenas, de etnia Guajajara, que viviam em áreas urbanas de Amarante do Maranhão e Santa Inês.

Mikaelane Guajajara, Lícia Guajajara e Joanilde Guajajara foram mortos pelos ex-companheiros, segundo a polícia

Na tarde da última quarta-feira (4), o Maranhão registrou mais um caso de feminicídio, desta vez em Santa Inês, a cerca de 251 km de São Luís. Em duas semanas, esse é o terceiro caso, no qual a vítima era uma mulher indígena Guajajara que vivia em área urbana.

Segundo polícia, o último caso teve como vítima Mikaelane Silva Guajajara, de 23 anos, que foi encontrada morta, com marcas de tiro, em um dormitório. Ela era moradora da Terra Indígena Pindaré, que fica na Zona Rural do município de Bom Jardim.

Mikaelane Silva Guajajara teria sido morta
pelo ex, João Paulo, em Santa Inês

O autor do crime seria João Paulo Paixão de Oliveira, de 27 anos, com quem ela tinha um relacionamento amoroso. Ele foi encontrado morto no mesmo dormitório e a suspeita é de suicídio.

Um dia antes, uma indígena identificada como Lícia Oliveira Guajajara, de 35 anos, foi morta a golpes de faca em Amarante do Maranhão, a 685 km de São Luís. Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito do crime é o companheiro Izane de Almeida Santos, com quem ela tinha um relacionamento de 10 anos.

De acordo com as investigações, Lícia e Izane viviam um relacionamento conturbado, com muitas brigas e ciúmes por parte dele. O crime está sendo investigado inicialmente como feminicídio e ainda não houve prisões.

Antes, no dia 21 de agosto, outro feminicídio teve como vítima a indígena Joanilde Rodrigues Paulino Guajajara, de 33 anos, que foi morta a golpes de faca na cidade de Amarante do Maranhão. O autor do crime, segundo a polícia, é Wendel Silva Machado, ex-marido, que foi preso dois dias depois do crime.

Joanilde havia fugido para a casa dos pais, em uma aldeia, uma semana antes de ser assassinada pelo marido. Ela era técnica de enfermagem e trabalhava no Centro de Parto Normal da Secretaria de Saúde de Amarante do Maranhão.

A vítima tinha quatro filhas, todas menores de idade, sendo duas com Wendel. O casal estava junto desde 2014, quando ela foi agredida pela primeira vez pelo marido, que na época chegou a ser autuado em flagrante pelo crime de lesão corporal.

Yolete Krikati teria ido pescar com outras pessoas da aldeia, quando se separou do grupo e desapareceu

Além dos três feminicídios, a polícia investiga ainda a morte da indígena Yolete, do povo Krikati, cujo o corpo foi encontrado em estado de decomposição próximo à casa de uma fazenda em Monte Altos, no dia 30 de agosto.

Com informações do g1 MA