247 – Revelações sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, feitas pela Polícia Federal, evidenciam um minucioso plano que visava a abordagem e captura do presidente Lula (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo o UOL, os golpistas levantaram informações detalhadas sobre as rotinas dos seguranças do presidente e do ministro, incluindo os nomes e o tipo de armamento usado pelos agentes. Fontes ligadas à investigação afirmam que o levantamento era parte de um plano que previa confrontos armados com os responsáveis pela segurança das autoridades. “O planejamento do golpe previa, portanto, a abordagem e captura de Lula e de Moraes pelos golpistas. Pelo tipo de informações coletadas por eles, fica evidente que os golpistas se preparavam para a eventualidade de um confronto armado e violento com os seguranças do presidente e do ministro”, diz a reportagem de José Roberto de Toledo e Thais Bilenky.
No dia da tentativa de golpe, nem Lula nem Moraes estavam em Brasília. O presidente se encontrava em viagem a Araraquara, no interior de São Paulo, enquanto o ministro estava em Paris, na França.
Essas descobertas resultaram na prorrogação do inquérito por mais 60 dias, decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes. O prazo estendido deve permitir o avanço das investigações para possíveis indiciamentos de líderes, executores e financiadores, que são esperados para o final de dezembro ou início de 2025. Entre os investigados, está Jair Bolsonaro (PL), que articula uma anistia junto ao Congresso, mesmo antes de uma eventual denúncia judicial.
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