A avaliação positiva do trabalho dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) caiu de 31% para 12% em dois anos, de acordo com pesquisa divulgada pelo PoderData nesta sexta-feira (20). Enquanto isso, o índice de reprovação subiu de 31%, em junho de 2023, para 43% em dezembro de 2024.
O resultado aproxima a atual reprovação da Corte ao patamar registrado no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando 40% dos brasileiros consideravam o desempenho do STF “ruim” ou “péssimo”.
Dados da pesquisa
- Aprovação: 12% consideram o trabalho “bom” ou “ótimo”;
- Reprovação: 43% avaliam como “ruim” ou “péssimo”;
- Metodologia: 2.500 entrevistas realizadas entre 14 e 16 de dezembro, por meio de ligações telefônicas, em 192 municípios de todas as 27 unidades da Federação;
- Margem de erro: 2 pontos percentuais;
- Nível de confiança: 95%.
Fatores para o declínio
A piora na percepção da atuação do STF coincide com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com a instauração de inquéritos envolvendo acusados de promover atos antidemocráticos.
Outros fatores incluem:
- A saída da ministra Rosa Weber, que se aposentou em 2023, e a chegada do ministro Luís Roberto Barroso à presidência do Tribunal, em setembro do mesmo ano;
- Críticas sobre supostas invasões do STF nas competências de outros Poderes, discutindo temas como aborto, descriminalização de drogas, regulação de big techs e liberdade de imprensa, que muitos defendem ser assuntos a serem decididos pelo Congresso Nacional.
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