Maria Jocilene da Silva e Maria dos Aflitos Silva (Foto: Reprodução)

Maria dos Aflitos Silva, mãe e avó das cinco pessoas que morreram após ingerirem arroz envenenado no dia 1º de janeiro, em Parnaíba-PI, fez uma confissão surpreendente à polícia. Ela admitiu ter assassinado a vizinha Maria Jocilene da Silva para livrar o marido, Francisco de Assis, das acusações de ter matado sua família.

Segundo a Polícia Civil, Maria dos Aflitos e Maria Jocilene mantinham um relacionamento amoroso, o que adiciona um novo nível de complexidade ao caso.
De acordo com o delegado Abimael Silva, a relação entre Maria dos Aflitos e Maria Jocilene começou antes mesmo do relacionamento dela com Francisco de Assis, que está preso pela morte dos dois enteados e das crianças.

O romance entre Maria Jocilene e Maria dos Aflitos era discreto, mas conhecido por todos.

Maria Jocilene sempre demonstrou carinho e preocupação com os filhos e netos de Maria dos Aflitos, chegando a usar seu próprio dinheiro para comprar alimentos e medicamentos para eles.

Ela até ficou no hospital com os netos de Maria dos Aflitos após serem envenenados, o que resultou na perda de seu emprego. Os meninos João Miguel da Silva e Ulisses Gabriel da Silva morreram em agosto e novembro de 2024, respectivamente.

A Confissão e o assassinato

Em seu depoimento à polícia após ser presa, Maria dos Aflitos confessou ter matado Jocilene para livrar Francisco de Assis das acusações de assassinato. Ela contou que envenenou Jocilene com café, acreditando que isso ajudaria a libertar o marido. “Eu tava cega de amor pelo Assis, e pra ter ele de volta, poderia acontecer o mesmo caso. Gosto muito dele, ainda gosto”, disse Maria.

No dia 22 de janeiro, Maria Jocilene foi até a casa de Maria dos Aflitos e passou mal. A acusada afirmou inicialmente à polícia que a vítima teria sofrido um infarto. No entanto, em uma gravação de áudio feita pelos policiais, ela confessou que Jocilene havia sido envenenada. Maria contou que encontrou o veneno atrás do fogão e colocou todo o conteúdo no café que serviu para Maria Jocilene.