Roberto Carlos Moreira recebeu da empresa G10 Editora, alvo da operação por fraude em venda de livros, R$ 21,3 milhões, entre 1° março de 2021 e 13 outubro de 2022.

Roberto Moreira, dono da gráfica Sete Cores, recebeu R$ 23 milhões de empresa alvo de operação por fraude em compra de livros…
O empresário Roberto Carlos Moreira (foto), sócio-proprietário da Gráfica e Editora Aquarela LTDA, conhecida como “Gráfica Sete Cores”, localizada no bairro do Turu em São Luís, foi mencionado inúmeras vezes pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal do Maranhão na apuração da fraudes licitatórias e desvios de recursos públicos no âmbito da prefeitura municipal entre os anos de 2021 e 2023.
A Operação da Polícia Federal foi deflagrada na manhã da última quinta-feira (03) contra uma organização criminosa que atuou na aquisição fraudulenta de livros didáticos, com a utilização de recursos equivalente a R$ 5,5 milhões, provenientes de precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF.
Segundo a investigação da DELECOR/DRPJ/SR/PF/MA, Roberto Carlos Moreira recebeu da empresa G10 COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS LTDA (G10 EDITORA), alvo da operação, exatamente R$ 21.334.775,16 (vinte e um milhões, trezentos e trinta e quatro mil, setecentos e setenta e cinco reais e dezesseis centavos), entre 1° março de 2021 e 13 outubro de 2022.
A Polícia Federal diz que a “Gráfica Sete Cores” é a provável empresa que produz, de fato, o material vendido pela “G10 EDITORA” aos entes públicos.
A Polícia Federal pediu busca e apreensão em endereços relacionados a Roberto Carlos Moreira e também a quebra de sigilo bancário do empresário do ramo gráfico sob alegação da fundada suspeita de seu envolvimento na cadeia de branqueamento dos recursos públicos desviados, entretanto, o juiz federal Ilan Presser, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), negou o pedido.
Contudo, o juiz diz que nada impede que, a partir das provas colhidas durante a deflagração da operação, surgindo futuros eventuais indícios concretos de envolvimento da empresa GRÁFICA E EDITORA AQUARELA LTDA.- ME, e de seu sócio proprietário, nos fatos em apuração, sejam apreciadas futuras eventuais medidas cautelares em seu desfavor.
– Fraude em compra de livros
A conclusão da Polícia Federal direcionada ao judiciário federal, aponta que município de Barra do Corda/MA, em 2021 e 2022, fez uso de três procedimentos de contratação, que indicam direcionamento indevido na contratação de G10 Editora, empresa estabelecida em Eusébio/CE, que a partir de 2020, surge no Maranhão com forte atuação em vendas para prefeituras.
No caso de Barra do Corda foi possível identificar vícios na escolha e delimitação dos objetos, diversos livros didáticos escolhidos com preferência de autoria sem a esperada justificativa técnico-pedagógica. Além disso, considerados os custos de aquisição, tomados os preços unitários de aquisição dos produtos, é possível apontar possível superfaturamento de R$ 3.448.075,78.
– Outro lado
Ouvido pelo Blog do Domingos Costa, o empresário Roberto Carlos Moreira disse que precisa ter acesso a esse inquérito para falar a respeito. “Vou pedir para meu advogado acessá-lo [o Inquérito] uma vez que fui citado. A minha empresa imprime, entrega, livros didáticos para várias editoras e tudo que faturei, para esta empresa e as demais, tenho as devidas notas fiscais, comprovação de entrega, e recebimento. É o que posso dizer no momento”. Afirmou.
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