No sábado, 11 de maio de 2025, às 14h, a pequena Eloá deu entrada lúcida e ativa no Hospital Maranhense (Centro Medico), em São Luís, e faleceu horas depois após uma sequência de erros médicos. Família denuncia negligência, omissão de socorro e negativa de acesso ao prontuário.

Eloá morreu após erro do Centro Médico em São Luís, segundo a família.
Uma tragédia envolvendo uma criança autista de 4 anos está gerando comoção e revolta na capital maranhense. A pequena Eloá chegou ao Hospital Maranhense no início da tarde do sábado (11), apresentando sintomas da síndrome mão-pé-boca e episódios de vômito. Apesar de estar lúcida e ativa, o atendimento médico teria ignorado protocolos básicos, resultando em um desfecho fatal.
Segundo denúncia dos familiares, Eloá recebeu soro glicosado antes da realização do teste de glicemia, o que agravou seu quadro. Em seguida, foi administrado Buscopan Composto, medicamento conhecido por riscos de arritmia cardíaca, especialmente em crianças e pessoas com sensibilidade neurológica, como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Minutos após a aplicação, a criança sofreu uma rápida deterioração do estado clínico: a glicemia atingiu 400 mg/dL, seguida de duas paradas cardíacas e convulsões. Entubada às pressas, Eloá permaneceu por mais de quatro horas em leito comum, por falta de vaga na UTI pediátrica. A transferência para a unidade intensiva só aconteceu horas depois, já em estado gravíssimo. Ela veio a óbito durante a madrugada do domingo, 12 de maio.
A dor da perda foi agravada pela recusa do hospital em fornecer o prontuário médico e o relatório com a causa da morte, mesmo após mais de 10 horas do falecimento. A negativa contraria a Lei Federal nº 13.787/2018, que garante à família o direito de acesso à documentação médica de pacientes falecidos.
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