Governador monitora seu desempenho para a eleição de senador e vê números promissores, mas foi convencido por aliados de que, fora do mandato, será esquecido pelo substituto no Palácio dos Leões

 

SOZINHO E SEM MANDATO. Brandão até sonha com o Senado, mas seu aliados o advertem que Camarão pode largá-lo à própria sorte na campanha

Análise da Notícia

Os aliados e familiares do governador Carlos Brandão (PSB) vivem uma espécie de paradoxo em relação ao seu futuro político; ao mesmo tempo em que celebram pesquisas que mostram o líder político com índices nas alturas para o Senado, expõem temor de que, renunciando ao mandato, será abandonado na campanha eleitoral.

  • um exemplo das pesquisas é a do Instituto Econométrica, que dá quase 55% de intenções de votos a Brandão para o Senado;
  •  o contraponto é a fala do deputado Dr. Yglésio à Folha de S. Paulo, afirmando que Brandão não confia no vice, Felipe Camarão.

“Vejo claramente que o governador não confia no Felipe para sucessão, acha que será perseguido. E tudo indica isso vai acontecer mesmo”,afirmou Yglésio. (Leia a matéria aqui)

Este blog Marco Aurélio d’Eça já tratou desse dilema do governador e seus aliados; a situação foi expressa claramente em 28 de abril, no post “O futuro de Brandão e o interesse dos seus aliados…”.

“A incerteza quanto ao futuro político do governador é fruto de uma forte pressão que exercem sobre ele deputados estaduais, secretários que disputarão as eleições de 2026 e ex-políticos que sonham retomar a vida pública”, afirmou o blog.

  • o post mostrou que a maioria dos aliados depende de Brandão no cargo para se viabilizar em 2026;
  • mas o post também tratou sobre a suposta ameaça de perseguição dinista que leva ao temor na base.

“Se o governador ficar no governo até o final, ele será perseguido. Se decidir entregar para Felipe Camarão, mesmo assim será perseguido. Até mesmo se lançar parentes de Dino ao Senado, ainda assim será perseguido; Ele só precisa escolher de que forma quer sofrer esta perseguição: com ou sem mandato?!?”, pontuou, sem meias-palavras, este blog Marco  Aurélio d’Eça.

Brandão vive um paradoxo, portanto, com chances reais de virar senador, mas com medo de ser “cristianizado” em campanha.

A escolha é apenas e tão somente dele