Um grave acidente no Rio Tocantins, em Ribamar Fiquene (MA), deixou dois mortos no último domingo (20). Uma canoa com cerca de 12 pessoas virou durante a travessia, resultando na morte por afogamento de Douglas Sirqueira, de 19 anos, que tinha deficiência, e de uma criança de apenas 4 anos. A tragédia comoveu moradores da região.

O incidente ocorreu por volta das 16h, enquanto o grupo atravessava o rio na altura do povoado Arraias, na zona rural de Ribamar Fiquene. Testemunhas relataram que, logo após o naufrágio da embarcação, o jovem e a criança desapareceram nas águas.

Resgate

Equipes de resgate iniciaram as buscas imediatamente. Ainda no domingo, banhistas da região encontraram o corpo de Douglas Sirqueira. Na manhã da segunda-feira (21), uma guarnição da Agência Fluvial de Imperatriz, da Marinha do Brasil, localizou o corpo da criança.

Segundo informações do 3º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) de Imperatriz, a superlotação da canoa e a ausência de coletes salva-vidas entre os ocupantes são apontadas como possíveis causas do acidente. Outra provável causa é a colisão da embarcação com pedras no leito do rio. Nesta época do ano, a diminuição do nível da água expõe as pedras, tornando a navegação mais perigosa.

Histórico

O tenente-coronel Isael Chaves, comandante do 3º BBM de Imperatriz, enfatizou a importância da segurança na navegação.

“Quanto mais se segue as regras, a lei das embarcações, diminui-se bastante a probabilidade de acidente. Então, o condutor deve estar habilitado, os ocupantes têm que estar todos com colete salva-vidas. O condutor deve observar a lotação máxima da embarcação e, além disso, ter bastante cuidado com a navegabilidade”, explicou.

Este é o segundo afogamento recente na região, atribuído à superlotação de embarcações. Em maio deste ano, cinco membros da mesma família perderam a vida após uma canoa com nove ocupantes virar no Rio Tocantins, na área do povoado Setor Agrícola, em Governador Edison Lobão.