A Caixa Econômica Federal anunciou nesta semana o fechamento de 128 agências físicas em todo o Brasil como parte de um amplo plano de reestruturação da sua rede de atendimento.


Das unidades afetadas, 117 serão transformadas em agências digitais e 11 terão suas atividades encerradas de forma definitiva.

Segundo a direção do banco, a medida acompanha a crescente demanda por serviços financeiros online e tem como objetivo modernizar o atendimento, reduzir custos operacionais e adequar a estrutura à transformação digital do setor bancário. A instituição afirmou que muitas das agências fechadas apresentam baixo volume de atendimento e estão localizadas em municípios que já contam com outras unidades da Caixa, com melhores condições estruturais e capacidade de absorver o público.

A mudança atinge diretamente cerca de 1.009 funcionários. De acordo com o banco, todos serão realocados, preferencialmente para agências próximas, sem perda de função ou remuneração. Haverá prioridade para pessoas com deficiência e para responsáveis por dependentes PcD nas novas unidades digitais.

O banco também informou que manterá funções essenciais como as de caixa, tesoureiro, avaliador de penhor e gerente de Pessoa Jurídica, mesmo que os profissionais sejam transferidos para outras unidades. Apesar das garantias oferecidas pela instituição, a medida tem gerado preocupação entre os empregados da Caixa. Há receio quanto à sobrecarga nas agências que permanecerão ativas, além de dúvidas sobre a adaptação ao novo formato digital de atendimento.

Sindicatos locais e entidades representativas dos bancários estão acompanhando de perto o processo de transição. Embora reconheçam a importância da modernização, apontam os possíveis impactos negativos à população, principalmente em regiões onde o número de pontos de atendimento é limitado.

Para esses locais, o fechamento de agências pode significar a redução no acesso a serviços bancários essenciais, especialmente para a população idosa ou com dificuldade de acesso digital.

A Caixa reafirma que a digitalização das unidades é parte de um movimento maior do setor bancário e representa um passo estratégico para garantir a sustentabilidade da rede.