A promotora de Justiça Samara Cristina Mesquita Pinheiro Caldas instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no Pregão Eletrônico nº 017/2025, realizado pela Prefeitura de Araioses, comandada pelo prefeito Neto Carvalho. O certame, estimado em mais de R$ 14 milhões, prevê a contratação de uma empresa especializada para cirurgias de catarata, pterígio e tratamento esclerosante de varizes, beneficiando a população do município.
A investigação foi aberta após denúncia da empresa Olhos Ver Ltda., que acusa a Comissão Permanente de Licitação (CPL) de manipular o processo para favorecer a clínica Climegesi Clínica Médica Geral de Simões Ltda., vencedora do certame, que teria apresentado proposta 200% acima do menor preço ofertado.
Segundo a denúncia, a empresa Olhos Ver afirma que apresentou o menor valor, mas foi inabilitada sem justificativa clara, assim como a segunda colocada. Apesar de apontar falhas documentais da empresa vencedora — como certidões vencidas e ausência de comprovação técnica —, a CPL teria mantido a habilitação e não aceitou os recursos administrativos.
A Promotoria determinou a notificação do prefeito de Araioses e do presidente da CPL para que apresentem explicações no prazo de 10 dias. Além disso, toda a documentação do pregão será analisada.
O caso levanta suspeitas de superfaturamento e direcionamento de contrato na área da saúde, um setor sensível para a população.
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