O rompimento do PP e do União Brasil com o governo Lula abriu uma crise no primeiro escalão e colocou os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo) sob pressão. As siglas deram um prazo de 30 dias para que os dois deixem os cargos, mas, nos bastidores, o Planalto já sinaliza caminhos diferentes para cada caso.
Para o Ministério do Esporte, a troca de Fufuca é tratada como quase certa. A pasta tem forte capilaridade política e desperta o interesse de partidos do Centrão em um ano pré-eleitoral. Um dos nomes ventilados no PT para assumir o posto é Ricardo Gomyde, ex-secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor no governo Dilma Rousseff (PT), com trânsito em alas internas do partido.
Já no Ministério do Turismo, a tendência do governo é manter Celso Sabino. Apesar do rompimento do União Brasil, o Planalto considera sua permanência estratégica por dois fatores: a liderança na organização da COP30, marcada para 2025 em Belém, e o cargo de presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo.
Para viabilizar a continuidade, o Planalto avalia a concessão de um licenciamento partidário, permitindo que Sabino siga no cargo mesmo com o desembarque do União Brasil. Caso a troca seja inevitável, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, é citado como alternativa por ter perfil técnico e condições de dar continuidade aos projetos da COP.
Enquanto isso, tanto Fufuca quanto Sabino resistem à pressão das legendas e articulam apoio no Centrão para permanecerem.
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