Entre a educação e a política, o E vice governador maranhense acumula funções estratégicas e ganha protagonismo na cúpula petista — numa trajetória que pode leva-lo as urnas em 2026.
O vice-governador Felipe Camarão (PT) foi aclamado neste sabado (18) como coordenador do Setorial de Educação do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão.
A escolha ocorreu durante uma eleição on-line, que contou com a participação de lideranças petistas de todo o país.
A nova função reforça o espaço que Camarão vem conquistando dentro do partido. Além de coordenar o setor de educação no estado, ele ja integra a direção nacional do PT e faz parte da comissão provisória da legenda no Maranhão — posições que o colocam cada vez mais próximo das instâncias de decisão da sigla.
Segundo uma fonte do blog do Valber Alves, ligada ao Planalto, o presidente Lula tem acompanhado de perto o cenário político maranhense. O petista teria destacado, em conversas internas, as prioridades do partido para 2026 e reforçado a necessidade de unidade entre os aliados no Maranhão.
Nos bastidores, é notório o distanciamento entre o grupo do governador Carlos Brandão e o do ex-ministro Flávio Dino.
Nesse contexto, Lula aparece como o único capaz de reaproximar as duas forças, buscando preservar a harmonia entre seus aliados no estado.
Ainda de acordo com essa fonte, Lula tem interesse direto em fortalecer o nome de Felipe Camarão como candidato ao governo do Maranhão em 2026. O presidente avalia que o vice-governador reúne perfil técnico, lealdade política e capacidade de diálogo — atributos vistos como essenciais para manter o estado sob influência
Segundo interlocutores próximos ao Planalto, Lula poderia tentar convencer o governador Carlos Brandão a deixar o cargo antes do fim do mandato, abrindo caminho para que Felipe Camarão assumisse o governo do Maranhão.
Em troca, Lula daria apoio integral a Brandão em uma candidatura ao Senado, permitindo que o atual governador indicasse nomes para compor a chapa majoritária, incluindo a vaga de vice e a segunda cadeira ao Senado.
No entanto, essa articulação é vista como bastante delicada. Isso porque Brandão dificilmente aceitaria abrir mão do Palácio dos Leões, já que seu grupo político tem planos próprios para 2026.
Fontes próximas ao governador afirmam que a família Brandão está decidida a lançar Orleans Brandão — sobrinho de Carlos Brandão — como candidato ao governo, o que colocaria em xeque qualquer tentativa de composição direta com o PT.
Felipe Camarão, por sua vez, segue se movendo politicamente.
Nesta semana, cumpriu agenda na região Tocantina, fortalecendo sua presença no interior e ganhando musculatura nos quatro cantos do Maranhão — um movimento que reforça sua disposição em se tornar um nome de consenso dentro e fora do PT.
A dúvida agora é saber se esse projeto familiar contará ou não com o apoio do presidente Lula.
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