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Segundo a polícia, também participaram do crime Guilherme Ramos da Silva, Jonathan Fagundes Ramos e Juliano Oliveira Ramos Junior, os dois últimos, primos da Carina. Jonathan está foragido. Todos os quatro suspeitos presos negam a autoria dos assassinatos para, de acordo com a polícia, responder por roubo, que tem pena menor. A polícia vai saber qual a participação real de cada um no crime depois da reconstituição e quando forem colocados frente a frente. O que todos confirmam é a proposta inicial de roubo. "Ele [Juliano] falou de fazer uma fita, eu falei que não, mas todo mundo chegou ao consenso que sim", disse Anaflávia. As namoradas moravam juntas, e a relação com a família, que não vinha bem, piorou quando Anaflávia ganhou um carro e Carina transferiu o documento do veículo para o próprio nome. O combinado seria que os três homens fingiriam que estavam rendendo as mulheres e família. "Amarramos o moleque, amarramos o pai e subimos com o pai...", disse Juliano. "Eles estavam pedindo a senha do cofre e ele falava que não tinha, que isso quem tinha era a esposa dele", continuou. Mudança de plano
Juliano e Guilherme disseram que os planos mudaram por decisão de Carina no momento em que Romuyuki afirmou não ter a senha do cofre.
"Mudou. A Carina mudou tudo quando falou que tinha que matar o pai ou o moleque para a mãe ver que não tava de brincadeira. Ela queria a senha de tudo", disse Juliano. "Nesse momento, reuniu todo mundo", continuou, acrescentando que as namoradas estavam tomando cerveja e fumando cigarro.
Segundo Juliano e Guilherme, Carina matou Romuyuki e Juan por asfixia, embora elas tenham dito que ficaram no andar debaixo e não viram os dois serem assassinados. O grupo deixou o condomínio em dois carros. Levou os corpos do pai e do filho, e Flaviana, ainda viva, no carro da família. De acordo com Juliano, ela foi morta por Carina na estrada deserta antes do carro ser incendiado com a família dentro. Carina nega.
O que foi constatado por perícia
Em 28 de janeiro, o carro da família foi encontrado em chamas na Estrada do Montanhão, em São Bernardo do Campo, próximo ao Rodoanel. O local fica a cerca de 6 km do condomínio de sobrados em Santo André onde a família morava.
Havia dois corpos totalmente carbonizados no porta-malas do veículo.
Os três corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) Central, onde foram feitos exames para identificação. Dois dias depois, um laudo apontou que a causa da morte dos 3 foi traumatismo craniano, possivelmente em decorrência de pauladas na cabeça. As vítimas, então, foram mortas antes de terem os corpos queimados na Estrada do Montanhão.
A polícia encontrou a casa da família revirada. Os policiais também identificaram que foram levados objetos de valor, como joias, TV e videogame, e dinheiro em espécie que somam a quantia de R$ 8 mil em moeda nacional e estrangeira, além de uma arma antiga quebrada, que pertenceu ao avô de uma das suspeitas, Anaflávia.
Em 1º de fevereiro, exames feitos pela polícia confirmaram a presença de sangue humano na casa da família, nas escadas, nas roupas e na máquina de lavar.
A polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança da portaria do condomínio, que mostraram a visita de Anaflávia aos pais na noite que antecedeu a madrugada do crime, seguida da saída do carro dela e da família do local.
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