16 de mai. de 2020

Com Covid-19 se alastrando, interior sofrerá sem hospitais de 20 leitos

O novo coronavírus, como era de se esperar, começa a se alastrar pelo interior do Maranhão. Dados dos últimos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) não deixam dúvidas: na quarta-feira, 13, houve 138 registros da Covid-19 nos quatro municípios da Ilha de São Luís, contra 551 no continente. Um dia antes, na terça-feira, 12, os números já haviam sido parecidos: 166 novos casos em São Luís e entorno, contra 420 do interior.
Ontem (14), novo recorde: 570 casos confirmados.
E, se já fez estrago na capital – com ampla cobertura hospitalar e de leitos -, nos municípios do interior a doença deve chegar com ainda mais força.
Algo que se pode atribuir, em larga escala, à política de Saúde do governo Flávio Dino (PCdoB).
Desde que assumiu o governo, em 2015, o comunista empenhou-se em desmontar uma rede de pequenos hospitais que havia começado a ser entregue na gestão Roseana Sarney (MDB). O governo Dino preferiu não ajudar as prefeituras a bancar os pequenos hospitais de 20 leitos que a gestão anterior entregou (saiba mais aqui e aqui), e não concluiu muitos que estavam pela metade.
Eram “pouco resolutivos”, segundo afirmou em janeiro de 2016 o então secretário de Estado da Saúde (SES), Marcos Pacheco (reveja).
Em um dos casos, em Bernardo do Mearim, o Estado chegou a travar uma verdadeira batalha judicial contra o Ministério Público para não ser obrigado a repassar R$ 100 mil por mês ao hospital local (relembre).
Além disso, em meio à pandemia surgem relatos de moradores do interior com reclamações por conta de hospitais que estão prontos, mas fechados, como em Viana (veja imagem acima) e Pedreiras, por exemplo.
Na lógica do atual governo, “resolutivos” são apenas os hospitais macrorregionais – no caso de Viana e entorno, por exemplo, os moradores precisam se deslocar a Pinheiro.
Mas, com o alastramento do novo vírus pelas cidades, é de se imaginar o bem que fariam à população dezenas de hospitais de 20 leitos espalhados pelo estado.
E como será a vida de quem precisará viajar quilômetros – por estradas que o governo também não deu conta de manter em bom estado -, com problemas respiratórios graves, até chegar a um grande hospital regional de referência.

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