11 de mai. de 2020

Revalida a Jato: alunos de Medicina da Uema sugerem colação de grau de formandos

Estudantes de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), representados pelo Centro Acadêmico de Medicina Aluízio Bittencourt de Albuquerque (Camaba), também apresentaram no fim de semana uma sugestão ao “Revalida a Jato” organizado pela instituição.
Por meio do procedimento, a Uema quer validar diplomas de profissionais estrangeiros, e brasileiros formados no exterior, que ainda não revalidaram seus diplomas no Brasil, para que este possam ser contratado pelo Governo do Maranhão para atuar na linha de frente do combate ao novo coronavírus (saiba mais aqui e aqui).
Os alunos de Medicina, no entanto, também criticam o modelo, e apontam que ele fere a legislação e a própria Constituição. Para eles, uma saída viável seria agilizar a formatura de estudantes no último ano do curso.
“Agilizem a formação dos próprios acadêmicos da UEMA!”, pedem, em carta aberta à universidade.
Leia abaixo:
O Centro Acadêmico de Medicina Aluízio Bittencourt De Albuquerque repudia veementemente a abertura do edital de número 101/2020-PROG/UEMA que abre o processo de revalidação dos diplomas médicos. Nós compreendemos a situação em que a saúde pública se encontra atualmente, porém, como representantes da classe que trabalha dia e noite contra a pandemia do novo coronavírus, demonstramos, por meio dessa nota, imensa preocupação com o processo de seleção e revalidação de profissionais formados no exterior devido aos seguintes motivos:
1. Não haver garantia de estágio curricular de qualidade necessária ao enfrentamento da pandemia. A própria secretaria de saúde do Maranhão suspendeu toda e qualquer atividade de estágio em cursos de saúde diante da necessidade de controle da quarentena e garantia de maior produtividade de profissionais de saúde.
2. Processo seletivo precisa de prova!
3. Considerar que a decisão fere o artigo 5º da Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação que proíbem a atuação de médicos não revalidados e sem CRM.
4. A própria UEMA conta com alunos de medicina que tiveram seu processo de colação de grau impedido, apesar da carga horária necessária cumprida, sob justificativa da própria Universidade em não possibilitar apresentação de trabalhos de conclusão de curso. Além disso, mesmo diante de processo judicial movido por esses alunos a fim de garantir a conclusão e fornecimento de diploma, a UEMA não tem fornecido informações solicitadas ao juiz encarregado do processo. Estão precisando de mais médicos? Agilizem a formação dos próprios acadêmicos da UEMA!
5. Por fim, repudiamos também a postura do governador Flávio Dino por desvalorizar os profissionais médicos há anos, atrasando por meses o pagamento dos seus salários. Configurando um cenário não atrativo para médicos brasileiros atuarem em um estado que tanto precisa de auxílio em saúde.

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