25 de jul. de 2020

Um mês do sumiço de três pescadores de Raposa; Buscas aéreas foram canceladas e devem ser feitas no fundo do mar

Gugu, André e Lucas foram pescar no Farol de Santana, área bastante conhecida por pescadores, que fica no município de Humberto de Campos.
Gugu Maranhão; André Veras e Lucas dos Santos, todos moradores de Raposa, estão desaparecidos…
Continuam desaparecidos Gugu Maranhão; André Veras e Lucas dos Santos, todos moradores de Raposa.
No último dia 25 de junho – quando os jovens Francisco José Pereira de Araújo, 21 anos, conhecido como Gugu Maranhão; André Veras Silva, 38 anos e Lucas dos Santos Santos, 19 anos, todos moradores do município de Raposa, saíram para pescar – até este sábado (25), completa-se um mês do desaparecimento dos três pescadores.
Nesse tempo de aflição, já se especulou de tudo um pouco, desde que eles foram vítimas de assalto de piratas em alto mar, passando por um suposto sequestro e, também, a possibilidade mais provável: de que a embarcação “biana” de nome “Vitória”, na qual estava os tripulantes, sofreu um naufrágio devidos aos fortes ventos e ondas da região onde eles estavam pescando.
Um dia após os pescadores terem saído para realizar suas atividades pesqueiras, parte do material de pesca usado por eles, como rede, boia e caixa de isopor, foi encontrado boiando na Baía de Cangatã – entrada da Baía de São José, cerca de 14 milhas da costa do litoral de Raposa.
Gugu, André e Lucas foram pescar no Farol de Santana, área bastante conhecida por pescadores, que fica no município de Humberto de Campos.
– Buscas
Desde o sumiço do trio, a prefeitura de Raposa atuou junto a Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros e Centro Tático Aéreo (CTA) para ajudar nas buscas. Foi criada uma sala de situação no CIMAR – Centro de Instrução do Mar, localizado no Porto do Braga, para facilitar a logística da operação. No local também são discutidas ações e estratégias.
Embora tenha esforços, as buscas não foram exitosas. O perímetro das buscas já chegou a mais de 2 mil km², abrangendo áreas de Raposa, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e até Humberto de Campos (ilhas de Santana e Carrapatal). Porém, passados 30 dias do desaparecimento, nem mesmo o barco deles foi encontrado.
No dia 8 de julho, o Centro Tático Aéreo (CTA) encontrou vestígios de materiais de pesca na Ilha de Curupu e na Baía de Cangatá, mas não houve confirmação se eram dos pescadores desaparecidos. Após o achado, as buscas foram redirecionadas para uma parte mais rasa do oceano, mas não trouxeram nenhum novo vestígio dos pescadores.
No dia 09 de julho, foram encontradas partes de um corpo ao lado do cais do Porto do Barbosa na cidade de São José de Ribamar, equipes do Instituto Médico Legal (IML), do Instituto de Criminalística (ICRIM) e da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) se deslocaram ao local para as devidas providências.
A suspeita era de que poderia ser de um dos três pescadores que estão desaparecidos, no entanto, segundo informações do Corpo de Bombeiros do Maranhão, as partes de órgãos encontradas podem ser até mesmo não humana. Exames constatam que não se tratavam dos jovens desaparecidos.
– Encerramento das buscas aéreas 
No dia 22 de julho, o Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA) encerrou as buscas aéreas que estavam sendo realizadas através do Centro Tático Aéreo (CTA), pelos pescadores que estão desaparecidos desde o último dia 25 de junho. Conforme a corporação, elas devem ser realizadas agora no fundo do mar.
O CBMMA também informou que todas as pistas foram checadas e as buscas foram diminuindo aos poucos. Por isso, agora, só serão realizadas se houver informações novas.
– Vereador Magno sabia
O vereador do município de Raposa Antônio Magno Rocha da Silva, marido de Andréa Sayre Gonçalves Coutinho – presidente da Colônia de Pescadores de Raposa [Z-53], tomou conhecimento no dia 27 de julho que parte do material da embarcação foi encontrado por um pescador de São José de Ribamar, entretanto, não repassou essa informação a nenhum outro órgão para que começassem as buscas.
A relevação envolvendo o parlamentar raposense foi repassada ao Blog do Domingos Costa pelo senhor Zé Pereira, presidente da Colônia de São José de Ribamar. “No dia 27 pela manhã fui comunicado pelo pescador Paulo, associado aqui na Colônia de São José de Ribamar, que encontrou no banco de areia da Fazenda uma rede, duas bandeiras com os piscas de sinalização, uma caixa de isopor, uma garrafa térmica e um botijão de óleo”. Disse.
Zé Pereira disse que não sabia o número da Colônia de Raposa, mas que junto a uma pessoa da Federação das Colônias de Pescadores do Estado do Maranhão (FECOPEMA), conseguiu o número do vereador Magno, que é marido de Andreia Coutinho. “Nesse mesmo horário, entrei em contato com o Magno mas sem retorno. Somente à tarde ele me retornou e informei toda a situação.” Completou o presidente da Colônia de São José de Ribamar.
– Outro lado
Por sua vez, a Colônia de Pescadores mandou um advogado falar pela entidade e disse que não recebeu o material que foi encontrado pelo pescador de São José de Ribamar.
“Esses objetos que foram encontrados pelo presidente da colônia de São José de Ribamar, eles nunca foram entregues para a Raposa. A presidente, ela soube por fotos e oficialmente, ela nunca soube. Assim que ela teve conhecimento desses objetos que foram achados e eram dos pescadores, a colônia dos pescadores da Raposa tomou todas as medidas necessárias para que isso fosse relatado”, explicou o advogado da colônia de pescadores da Raposa.

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