23 de abr. de 2021

Pastor arquiteta morte da esposa. O casal estava junto há mais de 20 anos.



Acusados de homicídio em Santa Catarina são presos no Recife.

Uma mulher e um homem suspeitos de assassinarem a atendente Mariane Kelly Souza, de 35 anos, no município de Itajaí, no estado de Santa Catarina, foram localizados e presos no Recife, na manhã desta quinta-feira (22). De acordo com a Polícia Civil, a mulher se chama Shirlene Santos estava escondida numa igreja evangélica no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife. Já o homem, identificado apenas como Lucas, e genro de Shirlene, também foi encontrado em outra igreja, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife. 

O crime aconteceu no dia 8 de abril deste ano, teria sido arquitetado pelo marido da vítima, Joedison Souza dos Santos, conhecido como Pastor Jota.

Jota tinha uma relação extraconjugal com Shirlene, e segundo a polícia, os amantes planejavam ficar com a casa de Mariane e viverem juntos. O pastor também foi encontrado nesta quinta, numa igreja evangélica de Itajaí. Antes de fugir, o pastor chegou a fazer uma denúncia, alegando que a esposa estava desaparecida.

Um sobrinho de Shirlene, menor de idade, também teria participação no crime. A Polícia Civil de Pernambuco localizou a casa em que o menor estava, mas ele não se encontrava no local. 

O CASO

A vítima era baiana e possuía uma filha adolescente, entre 16 e 17 anos, fruto do casamento com Pastor Jota, que também é da Bahia. Os três residiam no andar térreo de uma residência tipo duplex, em Itajaí. Segundo informações, há cerca de três anos, o pastor mantinha uma relação extraconjugal com Shirlene, que morava com o marido, no primeiro andar do imóvel.

 Segundo relatos, a relação era motivo de discussões entre o Pastor Jota e a esposa, e desta com Shirlene.

Shirlene e o marido, que, inicialmente não teria participação no crime, são pernambucanos. A mulher tem uma filha, que reside em outra residência com Lucas. Na época do crime, o sobrinho adolescente de Shirlene morava com ela. 

Os dois amantes, segundo informações, arquitetaram o crime um mês antes da execução. Todos os dias o Pastor Jota, ia buscar a esposa numa cafeteria em que ela trabalhava com o veículo que seria da amante. No dia 8 de abril foi diferente, a própria Shirlene foi buscar Mariane.  

O CRIME

Os amantes cooptaram, mediante promessa de pagamento, o genro e o sobrinho de Shirlene, para a execução do homicídio. Segundo informações, Mariane, sem desconfiar, teria entrado no veículo achando que o destino seria retornar para a sua casa. No interior do carro, se encontravam Lucas e o adolescente, escondidos. A vítima foi morta logo após sair do trabalho, mediante 27 golpes de faca e depois seu corpo jogado em um rio da região.


Segundo relatos da polícia, durante o trajeto, o sobrinho de Shirlene teria tentado asfixiar Mariane com um pedaço de pano com thinner. A vítima teria se debatido dentro do carro em movimento, enquanto Lucas, desferia golpes com faca no pescoço, na cabeça, e em todo corpo. 

O trio foi às margens do Rio Itajaí-Açu, divisa entre Itajaí e município de Navegantes, amarram os braços e pernas da vítima, e jogaram o corpo no local. Ao voltaram para casa se desfizeram das roupas e no dia seguinte se desfizeram do carro.


FUGAS E APREENSÃO


Os dois mandados de prisão foram expedidos pelo Magistrado da Segunda Vara Criminal da Comarca de Itajaí, de Santa Catarina. A operação da Polícia Civil de Pernambuco, ocorreu por meio da Equipe Delta do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (DENARC), sob o comando do Delegado Claudio Castro, com o apoio da Equipe de Operações de Inteligência da Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretaria Executiva de Ressocialização (GISO/Seres), da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DINTEL/PCPE). 

Segundo a polícia, o Pastor Jota teria ficado em casa, administrando a ação por telefone. O homem, após a execução do crime, foi à delegacia fazer a denúncia de que a esposa estava desaparecida, e que teria sido vista entrando num carro desconhecido, para justificar o desaparecimento.

Shirlene foi a primeira a vir para Pernambuco. A filha, acompanhada de Lucas e o adolescente, acompanhado da mãe, vieram para Pernambuco.

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