10 de dez. de 2021

Mais de 350 maranhenses foram diagnosticados com HIV este ano no MA

 Maranhão registrou 359 casos de pessoas contaminadas pelo vírus HIV neste ano, conforme os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), ao g1, nesta quinta-feira (9). No ano passado, foram 1.650 pessoas contaminadas pelo vírus.

A Secretaria esclarece que os dados estão sujeitos a atualização a cada boletim epidemiológico.

Como identificar a doença

No Maranhão, a doença pode ser rapidamente identificada em até 30 minutos, após a realização de um teste de sangue, que podem ser feito em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Além disso, ele também verifica se a pessoa também é portadora de sífilis ou das hepatites B ou C.

O teste deve ser realizado dentro da janela imunológica, que é o tempo de infecção pelo vírus e a identificação dos anticorpos que são produzidos pelo organismo. Josélia Frazão explica que caso a pessoa seja identificada no teste como portadora do vírus HIV ela é automaticamente encaminhada para dar início ao tratamento.

“Esse teste rápido é distribuído para todas as unidades básicas de saúde, nós encaminhamos para as regionais e eles disponibilizam para os municípios. E se no caso essa pessoa procurar uma unidade básica de saúde e ela for soropositiva, a orientação é que esse usuário se vincule logo ao serviço, iniciando logo o tratamento na unidade básica de saúde com a medicação”, explica Josélia.

Tratamento

A Aids é uma doença que ainda não possui cura. O paciente que for identificado com a doença inicia seu tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que ajudam inibir a multiplicação do vírus HIV e evitam o enfraquecimento do sistema imunológico.

Segundo o Ministério da Saúde, existem atualmente, 21 medicamentos que são usados para o tratamento da doença e que são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Autoteste em São Luís

Os autotestes estão disponíveis apenas nos Centros de Testagem e Aconselhamento do Lira (na Rua Pedro Bessa, em frente à Praça do Lira, no Centro) e do Anil (na Avenida São Sebastião, no bairro). O autoteste também será aplicado com monitoramento do programa ISTs/AIDS, em participantes do projeto Viva Melhor Sabendo Jovem, do Unicef.

Ao se dirigir a um dos locais em que o autoteste está disponível, o usuário receberá o item e, em seguida, deve estar atento a algumas das orientações referendadas pela pasta federal. O resultado sai em até 20 minutos. Para a interpretação do resultado, basta observar possíveis linhas no dispositivo de teste. Uma linha colorida dentro da janela de resultado da banda “C” significa resultado negativo.

Prevenção

A prevenção ainda é o método mais eficaz para combater a infecção pelo vírus. O uso da camisinha ainda é um método muito eficiente contra a Aids e as doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, também deve tomar cuidado quem utiliza agulhas e seringas diariamente, sempre optando pelo uso de produtos descartáveis. Mulheres gestantes que são portadoras do vírus também devem ficar alerta e realizar o pré-natal corretamente para evitar que a doença seja passada ao bebê.

Existem também as chamadas Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que são medidas de urgência para infecções causadas pelo vírus. O procedimento é ofertado pelo SUS pela rede estadual de Saúde e é realizado com medicamentos.

Jocélia Frazão alerta que os métodos são indicados para grupos específicos e que a população deve ficar alerta. A PEP é indicada principalmente para pessoas que passaram por casos de violência sexual, relação sexual desprotegida (sem uso da camisinha ou com rompimento do material), acidente com instrumentos cortantes ou contato direto com material biológico.

Já a PrEP não é indicada para todos os casos, somente para pessoas que tenham mais chances de entrar em contato com o vírus. Dentre os mais vulneráveis, estão:

  • Pessoas que deixam de usar camisinha frequentemente nas relações sexuais;
  • Tem relações sexuais com alguém que tenha o vírus HIV e que não esteja em tratamento;
  • Faz uso repetido de PEP;
  • Homossexuais;
  • Pessoas trans;
  • Profissionais do sexo;
  • Pessoa que frequentemente apresenta episódios de infecções sexualmente transmissíveis.

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