29 de dez. de 2021

RETROSPECTIVA – ESCOLA DIGNA: TRANSFORMAÇÃO PARA ALÉM DA INFRAESTRUTURA ESCOLAR

 



“Para mim, uma Escola Digna é uma escola em que você tem acesso à infraestrutura, aos recursos que outras escolas (privadas) têm. Ter, também, o sentimento de democracia e igualdade com outras escolas, tanto públicas quanto privadas. Realmente é uma mudança muito grande, e isso me motiva e dá muita esperança para o futuro; dá perspectiva de futuro”.

O depoimento cheio de esperança é de Allan Pereira, estudante da 1ª série do Ensino Médio e presidente do Grêmio Estudantil do Centro de Ensino professor Luiz Alves Ferreira, escola construída e entregue pelo Governo Flávio Dino, por meio do Programa Escola Digna, na Avenida Quarto Centenário, no bairro da Liberdade, em São Luís. A escola recebeu investimentos na ordem de R$ 2,6 milhões que garantiram uma estrutura com 12 salas de aula, biblioteca, laboratórios, quadra poliesportivas, climatização entre outras melhorias, que reacenderam as esperanças não só do Allan.

“Escola Digna é o que a gente tem direito, porque a gente sente essa diferença da igualdade e democracia, essa falta de democracia nas escolas. Vim para uma Escola Digna. Na verdade, todas as escolas são dignas, mas parece que você é mais visto pelo governo e por outras instituições”, reforçou Willian Gabriel, estudante da 3ª série do Centro de Ensino Professor Luiz Alves Ferreira.

“Em 2014, quando eu entrei no Estado do Pará, eu tinha esperança de que um dia teriam um novo olhar para nossa escola, porque na escola faltava vida, professores, livros. Tinha uma distorção de idade/série muito grande. A busca por esse olhar foi incessante, até que conseguimos a reforma do Estado do Pará. E depois veio essa nova escola e, com ela, o nosso sentimento é de muita alegria e esperança, porque essa comunidade precisa. O nosso aluno hoje tem alegria, ele tem vontade de estar dentro da escola. Hoje, quando eu vejo a biblioteca com acervo novo, quadra funcionando e todos os professores em sala, um lanche especial, porque hoje a gente é quilombola, o lanche também melhorou. Então, só isso aí já me deixa gratificada”, destaca a professora Sandra Torres, gestora geral do Centro de Ensino Professor Luiz Alves Ferreira.

Em quase sete anos, o Escola Digna se transformou no maior programa de investimentos educacionais da história do Maranhão e o maior em execução no país. Virou política educacional de Estado e patrimônio de educadores, estudantes, pais e comunidades espalhadas pelos 217 municípios maranhenses. Desde a sua criação, em 2015, o Governo do Maranhão, por meio dele, já construiu, reconstruiu, reformou, ampliou e revitalizou mais de 1.370 equipamentos educacionais, entre escolas, bibliotecas, faróis, quadras e ginásios poliesportivos.

Na rede pública estadual, as melhorias já chegaram a mais de mil prédios escolares, transformando estruturas que passaram décadas sem reformas, acumulando diversos problemas. As transformações chegaram a escolas como o antigo Centro de Ensino Maria José Macêdo Costa, na cidade de Colinas, no Médio Sertão Maranhense, que foi totalmente reformada e ampliada, e transformada no Centro Educa Mais Maria José Macêdo Costa, uma das cerca de 80 escolas que integram a Rede de Ensino Integral implantada no Maranhão, sendo 23 IEMAs, 55 Centros Educa Mais, e o IEMA Bilíngue, 1ª Escola em Tempo Integral Bilíngue da rede pública estadual, contando com quase 27 mil estudantes matriculados em 2021.

“Ter uma Escola Digna é motivo de exultação, não só para a comunidade escolar, mas também para toda a comunidade colinense. Agradecemos esse olhar sensível do nosso governador e do nosso secretário para os menos favorecidos. Estudar numa sala de aula climatizada, numa sala de aula temática é muito mais interessante, atrativo e faz com que os nossos estudantes queiram estar mais tempo aqui, conosco, porque se sentem valorizados e têm orgulho do local onde estudam”, pontuou Telly Martins, gestora geral do Centro Educa Mais Maria José Macedo Costa, em Colinas.

Até 2015, 25 municípios não possuíam sequer prédios próprios do Ensino Médio. Estudantes e professores dependiam de espaços emprestados. Hoje, 18 municípios já receberam seus prédios; outros sete estão com obras em andamento. Boa Vista do Gurupi, na Região do Gurupi, foi um dos municípios contemplados com o 1º prédio próprio para o Ensino Médio, construído do zero. A entrega do Centro de Ensino, Professor Antônio Laércio Alves Fernandes dos Reis, em setembro deste ano, encheu a comunidade escolar de felicidade e orgulho.

“A partir de hoje, não iremos mais passar por constrangimentos de estudar em um prédio que não é nosso, de ser olhado de forma diferente. Eu imaginava muita coisa, mas nunca pensei que a escola fosse ficar tão maravilhosa como está. Estamos felizes e gratos”, destacou João Evangelista, estudante da 3ª série, diante da entrega do prédio.

“É a escola dos nossos sonhos, a Escola Digna. Durante toda a minha vida estudantil no Ensino Médio, eu passei por prédios emprestados pelo município. E hoje eu terei a felicidade de lecionar numa escola em que os meus alunos terão o orgulho e a felicidade de abrirem a boca e dizer: essa é a nossa escola, uma escola estruturada, propícia à educação”, destacou Vanessa Sampaio, ex-aluna e, atualmente, professora de Geografia da escola.

No âmbito do Regime de Colaboração com os municípios, nos quatro cantos do Maranhão, o Escola Digna já construiu e entregou cerca de 200 prédios escolares municipais, garantindo, assim, a substituição de estruturas inadequadas que abrigavam crianças e adolescentes, muitas vezes em condições subumanas, por estruturas dignas e acolhedoras. Dessas, 13 foram entregues somente este ano, em plena pandemia da Covid-19. Foi o caso da Unidade Escolar Rubem de Almeida, no povoado Queluz, em Olinda Nova do Maranhão, entregue em setembro deste ano.

“Estou muito feliz. Agradeço a todos que fizeram essa escola tão linda e espaçosa”, expressou a pequenina Agatha Cutrim, de 9 anos, que se encantou com a nova escola. “O Governo Flávio Dino é gestão de palavra cumprida. Agora nossa escola está linda e aconchegante. Nosso povoado aguardava há anos por essa escola e agora nosso sonho se realizou”, disse a secretária Municipal de Olinda Nova do Maranhão, Elis Regina.

O Escola Digna que transforma espaços físicos, tem sido o fio condutor para transformação de sentimentos, sonhos, perspectivas de futuro e projetos de vida. Tem transformado pessoas e comunidades. “Em primeiro lugar, o que uma Escola Digna nos traz é a própria dignidade, como o nome já diz. Infelizmente, a gente vive em um país em que as desigualdades são inúmeras, principalmente na questão educacional, que é fator primeiro das oportunidades. E quando a gente tem o presente de ganhar uma Escola Digna, é trazer, principalmente para os estudantes, uma oportunidade de competir em iguais condições com os estudantes de outras localidades, inclusive de escolas particulares. A Escola Digna prepara o estudante para que ele possa sair dessa escola com uma ideia daquilo que ele quer fazer, com um plano de vida. Coisa que a gente não tinha”, declarou Daniel Campos, do Educa Mais Maria José Macêdo Costa, em Colinas.

Dignidade: esse é o termo adequado. É a Escola Digna fazendo jus ao título dignidade da pessoa humana. Os alunos, hoje, já veem uma ponta de esperança de competir no mercado de trabalho e nas vagas das universidades privadas e públicas como qualquer outro cidadão que frequenta uma escola privada. Hoje nós temos laboratório de robótica, uma biblioteca com uma vasta gama de títulos de todos os gêneros literários, os alunos fazem uso da biblioteca e relatam experiências maravilhosas a cada retorno à sala de aula depois de vivências na biblioteca”, reforçou Dehlia Marsan, professora de Filosofia, Arte e Projeto de Vida do Centro de Ensino Professor Luiz Alves Ferreira.

Reconhecimento à transformação promovida pelo Escola Digna

Ao longo desses anos, o Escola Digna tem recebido reconhecimento nacional, com divulgação em vários órgãos de comunicação, por ser, de fato, uma política educacional transformadora. O último reconhecimento veio no dia 15 deste mês, por meio do Prêmio Espírito Público – uma realização do Fundação Lemann, Instituto Humanize e República.org, que neste ano escolheu servidores nas categorias: Pessoas que Transformam, Equipes que Transformam e Instituições que Transformam. O Escola Digna foi premiado na categoria ‘Equipes que Transformam’. O prêmio é reconhecimento às pessoas que atuam de forma coletiva levando transformação na educação.

“Esse prêmio é o reconhecimento a um trabalho coletivo para que dê certo o maior programa educacional da história do Maranhão. Um programa que surgiu da mente de governador, que sempre pensou na educação como forma de transformação de uma coletividade. Embora a política Escola Digna já tenha perpassado o caráter de governo para ser uma política de Estado, é necessário sublinhar que o avanço e a perenidade desse marco da educação maranhense depende de todos nós, poder público e sociedade, exercendo, cabalmente, nosso papel, com o compromisso de fazer da Escola Digna um espaço de constantes transformações e de garantia de direitos a todos os maranhenses”, enfatizou o secretário Felipe Camarão, há seis anos à frente da Seduc e do Escola Digna.

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