8 de mar. de 2022

Gestão de Dr. Airton persegue professor que está em tratamento psicológico em Carutapera

  Via werbth saraiva

Em Carutapera, o Professor Aldecy Barros que dedicou quase 20 anos de sua vida ao magistério municipal usou as redes sociais para relatar uma situação dramática e revoltante onde acusa o prefeito Dr. Airton de uma gestão voltada para politicagem sanguinária e sem o mínimo de humanidade.

O professor afirmou que há alguns anos vem sofrendo com uma depressão intensa, motivo pelo qual não estava conseguindo exercer sua função. Aldecy destacou que diante da situação recorreu ao pedido de apoio psicológico para a sua recuperação, mas que a Prefeitura se negou a realizar.

“Me senti saturado e abandonado. Estive ausente no estado de São Paulo fazendo meu tratamento, porém, devido a pandemia protelou-se muito o tratamento”, disse o professor.

O professor Aldecy acusa a gestão do Dr. Airton de suspender os seus proventos o que abalou ainda mais o seu psicológico já que ele depende do seu salário para sustentar três filhos, esposa, consignado e toda uma despesa que envolve também o seu tratamento psicológico.

“Vale ressaltar que eu encaminhei meus requerimentos, meus esclarecimentos, meus atestados e laudos via sistema eletrônico no endereço da SEMES. (…) Porém o secretário de educação alegou que não me daria porque eu não estava na sala de aula”, disse Aldecy.

O professor encerra o texto falando que agora vai responder por um processo administrativo por conta de uma politicagem mesquinha, formada pelo prefeito Dr. Airton.

Veja o texto na integra:

ESCLARECENDO FATOS

VOU FALAR DE UMA SITUAÇÃO MUITO REVOLTANTE.

Quero esclarecer nesta nota algo muito repugnante para um servidor. Como professor presto serviço neste município desde 2002.

Tendo eu caído numa depressão intensa não estava conseguindo exercer minhas atividades laborativas devido o caos que vivia, então busquei tratamento sem hesitar quaisquer outros fatores, porque só queria minha saúde de volta e que minha relação com a sociedade voltasse à normalidade.

Então como servidor público, concursado, formado e graduado academicamente com especialização, almejei um apoio da minha empregadora para que isso ajudasse na minha restauração psicológica, mas infelizmente não tive esse apoio. Tive muito foi pressão. Me senti saturado e abandonado. Estive ausente no estado de São Paulo fazendo meu tratamento, porém, devido à pandemia protelou-se muito o tratamento.

Decorrente dessa situação tão caótica sentia-me pressionado pela doença e pelo órgão empregador que não se sensibilizou com minha situação ao ponto de suspender meus proventos. E isso só abalava mais e mais o meu psicológico. Imagine você com três filhos, esposa, consignado, com toda uma despesa e agora sem sua receita? Imagine você numa terra que não é a sua, onde as pessoas não conhecem você e ouvindo seus filhos pedirem um pão e você não ter pra suprir sua fome! Imagine você precisando de receber uma ligação do seu chefe para saber como você está e te dá uma força, porém, você recebe essa ligação para te pressionar e insinuar que você não está doente.

Gente, depressão não é brincadeira. Vou colocar nas imagens o tanto das medicações que tomo ao dia, aí chegarão à uma conclusão. São 3 comprimidos pela manhã; 2 ao meio dia e 2 à noite. Eu estou abrindo meu coração para todos que vão ler estas entrelinhas para dizer que já estou melhor, graças a Deus. E que está valendo a pena recorrer aos especialistas da área porque senão poderia não está mais aqui contando essa história. Portanto, você que estar passando por situações semelhantes busque ajuda e não tenha vergonha e nem medo de sofrer preconceito, pois depressão tem tratamento eficaz que pode restituir sua saúde e sua autoestima. O pior é você piorar cada vez mais e quando quiser recorrer não ter mais jeito.

Eu lamento muito por mim e por aqueles que vivem dilemas iguais e são torturados psicologicamente pela doença e pelo seu chefe. O que vivi e ainda vivo para reconquistar o meu humor e minha vida normal não desejo para ninguém. Mas eu peço que os senhores chefes tanto do poder público quanto do privado tenham um olhar mais humanizado direcionado a tais pessoas, cuja vulnerabilidade está sob o poder e o controle de vossas mãos.

E você que está sofrendo esses abusos e pensa que tudo acabou, tenha fé no grande Deus e coragem para reagir por você mesmo porque se esperar pelos chefões você vai morrer antes do tempo. E tenho certeza que Deus não deixará você morrer de fome. Porque quando um homem tenta e consegue fechar uma porta, o Deus justo abre um PORTÃO bem grande para você.

Vale ressaltar que eu encaminhei meus requerimentos, meus esclarecimentos, meus atestados e laudos via sistema eletrônico no endereço da SEMED…nomeei meu irmão prof°. Adeilson Beó como meu procurador no sentido de resolver as coisas dentro dos trâmites legais mas sem sucesso.

Então já que meus proventos não estavam mais em folha, foi pedido através do meu procurador a liberação da minha licença sem vencimento não remunerada para que eu pelo menos tivesse meu concurso preservado, podendo então ter uma vida menos tumultuada para que assim o tratamento fosse benéfico. Porém, o secretário de educação alegou que não me daria porque eu não estava em sala de aula.

No entanto, para justificar a suspensão do meu salário, resolveram colocar faltas em mim por conta própria no meu contra-cheque, para talvez alegarem abandono de trabalho, porém eu tenho todas as provas contundentes que informam a minha ausência nesse período, e eu tenho uma indagação: já que me colocaram faltas inventadas não sei de onde, e O ABONO SALARIAL que foi pago aos professores que não tem nada a ver com faltas, por que não me pagaram? Será se alguém sabe me dizer onde foi parar esse dinheiro? Ou esse abono que não recebi também foi convertido em faltas?

E gostaria de ressaltar que sempre comuniquei à secretaria de educação sobre meu estado de saúde através de documentos. Agora querem alegar abandono de trabalho. Mas o que se entende como abandono é quando o servidor se ausenta sem apresentar nenhum documento esclarecendo a situação.

E agora já me sentindo melhor de saúde, fiz todo esforço para vir de São Paulo, num raio de quase 3 mil km, tomando dinheiro emprestado afim de receber minha lotação e prestar meu serviço, quando chego aqui me deparo com um processo administrativo, algo que vejo apenas como fruto de perseguição de uma política mesquinha, que se fosse com seus apadrinhados políticos, não aconteceria nada disso, é lamentável como essa podridão existe em pleno século XXI, em cidade como Carutapera, pois essa é a recompensa que muitos servidores recebem pela sua dedicação, ficar doente e como prêmio de consolação, ser perseguidos por aqueles que deveriam fazer ao contrário.

Atenciosamente,

Prof° Aldecy Barros

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