6 de abr. de 2022

O Prefeito Gilberto Braga foi parabenizado pelos senadores pela atitude e a coragem de denunciar esse caso de corrupção.



A conversa em que teria acontecido o pedido de propina foi em Brasília, em abril do ano passado, após uma reunião no MEC. O pastor Arilton teria convidado os prefeitos para almoçar, e abertamente, diante da presença de todos, falou sobre os pagamentos indevidos. Foi quando um jornalista do Estadão entrou em contato informando que estava investigando sobre um caso de suspeitas de  um "gabinete paralelo" comandado por pastores que atuava na distribuição de verbas no Ministério da Educação,  e estava entrando em contato com os prefeitos que participaram desse almoço recolhendo depoimentos e garantiu que seu nome e do seu município não seriam divulgados, porém, o prefeito afirma que não sabia que sua ligação estava sendo gravada. Foi quando todo o caso veio à tona.

"Ele perguntou sobre minhas demandas e eu apresentei a ele. E ele me disse: 'Você vai me arrumar os R$ 15 mil para protocolar suas demandas e, depois que seu recurso estiver empenhado, como sua região é de mineração, você vai me trazer 1kg de ouro'. Eu não disse nem que sim, nem que não, me afastei da mesa e fui almoçar”, revelou o prefeito durante a audiência.

Além de Gilberto Braga, confirmaram os pedidos de corrupção os prefeitos José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP); e Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO). Calvet Filho, prefeito de Rosário (MA), e Hélder Aragão, de Anajatuba (MA), negaram ter recebido pedidos de propina.

Na avaliação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de convite aos prefeitos que participaram por videoconferência, o esquema de corrupção no MEC. E elogiou a coragem dos prefeitos em relatar os supostos casos de corrupção nas conversas que tiveram com os pastores.

O presidente da comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI), apontou inconsistências, como discrepâncias de valores, nos depoimentos dos prefeitos que receberam recursos. Os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Zenaide Maia (Pros-RN) também expressaram dúvidas em relação à lisura do processo de encaminhamento da liberação de recursos.

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