27 de abr. de 2022

Sem pulso, Brandão enfrenta crises sucessivas entre sua base e secretários

Em menos de 30 dias no posto, governador-tampão viu estourar confusões com secretários e ex-secretários e com os deputados Duarte Junior, Márcio Jerry, Rubens Pereira Junior, Zé Inácio e Dr Yglesio; em todas, um personagem se destaca: o chefe da Comunicação Ricardo Capelli, homem de confiança de Flávio Dino que controla aliados, imprensa e o próprio inquilino do Palácio dos Leões

 

Homem de confiança de Dino, Capelli controla a imprensa alinhada – dinista e sarneysista – enquadra deputados e secretários e tenta se impor sobre o próprio Brandão, gerando crise atrás de crise

Análise da notícia

Em apenas 25 dias de mandato, o governador-tampão Carlos Brandao (PSB) já experimentou crises em sua base envolvendo os deputados Duarte Junior (PSB), Zé Inácio (PT), Rubens Pereira Junior (PT) e Dr. Yglésio (PSB), além da polêmica de supostas demissões em Imperatriz, envolvendo o chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, e aliados do deputado Márcio Jerry (PCdoB).

Duarte encarnou duas crises: a primeira quando chegou a procurar dirigentes partidários para trocar de partido, insatisfeito por não ter sido atendido em seus pleitos; depois, criticou duramente a bancada federal, sendo respondido por Márcio Jerry e obrigado a se retratar publicamente.

Pouco tempo depois surge o petista Zé Inácio anunciando-se pré-candidato a vice pelo PT, desafiando a autoridade do ex-governador Flávio Dino (PSB) – que impôs o nome de Felipe Camarão (PT) – e e abrindo mais um racha na já rachada base petista.

Rubens Júnior foi alvo de desgaste após ter curtido uma ironia contra o governo Dino/Brandão feita pelo oposicionista Edilázio Júnior (PSD) nas redes sociais.

Por último, veio o Dr. Yglésio, que partiu pra cima do governo cobrando recursos do futebol e acusando diretamente secretários por perseguição.

E a lista e tretas governistas no já enfraquecido governo-tampão nem precisa incluir a indireta pública do ex-secretário Rodrigo Lago, que mostrou insatisfação após não ter conseguido emplacar prepostos na Secretária de Agricultura Familiar. 

No meio ou por trás de praticamente todas essas crises uma figura se destaca: o secretário de Comunicação Ricardo Capelli, ele próprio já envolvido em disputa interna com o chefe da comunicação de campanha de tampão, o sarneysista Sérgio Macedo.

Mantido no cargo por imposição do ex-governador Flávio Dino, o carioca Capelli praticamente comanda o governo: mantém com mão de ferro a relação com a imprensa alinhada ao Palácio dos Leões – dinista e sarneysista – enquadra deputados e outros secretários e tenta influenciar na própria comunicação de campanha.

Homem de confiança de Dino, Capelli tenta se impor sobre o próprio governador-tampão, que se sustenta na resistência dos aliados do palácio, gerando mais crises internas.

O resultado de todo esse imbróglio é um governador fraco, sem pulso e sem comando do próprio governo.

E ele só tem mais 65 dias de governo efetivo, até se tornar candidato.

Se é fraco como governador, como será na pele de candidato?!?

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