Colunaço do Dr Pêta” publicado impreterivelmente todos os domingos no Jornal Pequeno tratou, na edição desta semana, de desmascarar um pronunciamento feito pelo senador Roberto Rocha (PTB) dias atrás contra a atuação do governo do Estado nas empresas que operam a travessia nos terminais do Cujupe e da Ponta da Espera.
De outro modo, o Blog do Domingos Costa apurou que Rocha pode estar atuando em favor de um certo empresário que quer voltar a operar no sistema e, para tanto, pediu a “defesa” do senador e de outros políticos. Verdade seja dita, esses empresários estão sentindo abstinência de “passagens” e estão se aproveitando da situação.
Quem são os políticos que estão querendo tirar proveito da grave situação em que se encontra o setor de ferry-boat no Maranhão?!
Essa semana o senador Roberto Rocha usou a tribuna da casa para falar sobre os sérios problemas que os usuários de ferry-boat vêm enfrentados nos terminais do Cujupe e da Ponta da Espera!!! No sábado, 7, o blog O INFORMANTE (JP online) havia levantado suspeita de ‘ação política’ numa interdição feita por caminhoneiros, do outro lado do continente, impedindo que usuários pudessem fazer a travessia Cujupe-São Luís!!! Diante da suspeita e do pronunciamento do senador Roberto Rocha, o Colunaço ‘caiu em campo’ para tentar ‘clarear’ um pouco o assunto, baseado no próprio discurso do senador!!! Disse Rocha: “Desde 1987, uma empresa privada chamada Serviporto faz essa travessia. Ela chegou a administrar três ferry-boats, transportando 2.800 pessoas por dia e mais de 800 mil (???) veículos. Só que o governo comunista vê os empresários como inimigos e não como parceiros, e por isso o governador Flávio Dino decidiu estatizar a empresa; ou seja, fez uma intervenção não apenas no serviço público, mas na empresa privada (…). Após cinco anos impondo restrições seríssimas à empresa, em 2020 o governo do Maranhão deu o golpe final e publicou um decreto determinando a intervenção estatal na empresa prestadora daquele serviço. E como se o presidente Bolsonaro interviesse na Globo, na Record…!!! O governo então assumiu a gestão da empresa. Substituiu funcionários, passou a cuidar da contabilidade, deixou de pagar as contas, assumiu as contas bancárias e por aí vai. O resultado disso: dos três ferry-boats, dois estão quebrados. O único que funciona opera apenas com um motor, e uma viagem que deveria durar 1 hora está durando mais de três horas. As filas de espera são quilométricas e a falta de segurança, claro, é evidente. E agora, após sucatear a empresa privada prestadora do serviço, o governo quer fazer uma licitação e trazer uma empresa de fora para gerir a trevessia”!!!
Bom, desde 1987 a Serviporto fazia essa travessia de forma ilegal e clandestina, sem o devido processo legal, e prestando, historicamente, um péssimo serviço!!! Quando houve a intervenção, só havia um ferry emfuncionamento: o Araioses!!! Após a finalização da primeira intervenção, ficou encaminhado um plano de trabalho para a recuperação da embarcação ‘Cidade de Tutóia’, o que não foi seguido pela administração da empresa fora da intervenção, fato este que inclusive motivou as futuras intervenções!!! O exgovernador Flávio Dino não estatizou a empresa; o que ocorreu, na verdade, foi uma intervenção com base na Lei de Concessões (Lei 8.987/1995), com a devida previsão legal e fundamentação, e sendo classificado como serviço essencial, ao contrário dos outros serviços que o senador utiliza como exemplo, como intervenção na Globo, Record, que não têm nada a ver!!! “Dos três ferrys, dois estão quebrados”, disse Rocha!!! Um ferry não foi recuperado pela família, mesmo após a finalização da primeira intervenção e a disponibilização de recursos em caixa para a recuperação da embarcação ‘Tutóia’!!! O ferry São José está em processo de manutenção para reclassificação, uma vez que foi constatado o abandono histórico pela gestão familiar: problemas no porão e rampa, sendo apontada a necessidade de uma manutenção mais profunda nesses quesitos, para a reclassificação!!! “O único que funciona é apenas com 1 motor”, acrescentou o senador!!! Bom, a embarcação ‘Cidade de Araioses’ está funcionando com plena capacidade (dois motores de propulsão e dois geradores), tendo, inclusive, seu certificado de navegação renovado no dia 10/04/2022, com validade de 12 meses!!! “O governo quer trazer uma empresa uma empresa de fora”, disse mais!!! Ora, a licitação realizada é um procedimento aberto, onde qualquer empresa interessada de qualquer parte do país poderá participar!!! O governo apenas analisa as empresas que apresentarem propostas!!!
Na verdade, quando foi feita a intervenção na Serviporto, a empresa já estava quebrada e em colapso!!! O seu proprietário, Nemésio, encontrava-se gravemente enfermo, vindo a falecer posteriormente…, a empresa estava abandonada!!! O governo ‘segurou’ esses anos todos para que houvesse a licitação, que acabou acontecendo!!! A Serviporto, em colapso, optou por nem concorrer!!!
Para concluir, o Colunaço foi informado de que a Internacional Marítima já se colocou à disposição das autoridades para ajudar!!! E com a experiência que possui no setor, pode contribuir muito para minorar essa questão!!! A direção da empresa já se manifestou dizendo que tem apreço e respeito por todos que cuidaram e cuidam desse processo, por entender que eles estão preocupados em buscar uma solução que atenda os interesses dos usuários do sistema!!! Lamentavelmente, estamos em um período pré-eleitoral, e, logo, isso se torna uma questão política!!! Infelizmente, politizar um problema grave como esse não resolverá nada!!!
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