3 de fev. de 2023

Investigação vai mostrar quem eram os “engenheiros” do golpe no Brasil, diz Dino

 

Durante entrevista nesta quinta-feira (2), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou sobre as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Segundo o ministro, as falas de Do Val são “gravíssimas”, e os novos elementos, que já estão fazendo parte das investigações da Polícia Federal (PF), são probatórios de que “havia um grupo que planejadamente levou a uma série de atividades, inclusive aos atos do dia 8 de janeiro.”

“É uma declaração gravíssima. É claro que a Polícia Federal já recebeu hoje pela manhã esses elementos, como disse eles já constam na investigação nesse momento que nós estamos conversando”.

“Evidentemente diligências serão requeridas pelos delegados ao Poder Judiciário porque no âmbito dos inquéritos que já existiam nós temos agora um elemento probatório a mais mostrando que havia sim um grupo que planejadamente de modo articulado levou a uma série de atividades que nós vimos, inclusive ao atos do dia 8 de janeiro”, disse Dino.

“É claro que não significa dizer que todas as pessoas participaram de tudo, mas nós temos muita clareza, muita nitidez de que havia, infelizmente um grupo, inclusive dentro da política, dedicado a rasgar a constituição e tentar dar um golpe de estado no Brasil”, completou o ministro.

Flávio Dino também foi questionado sobre uma possível participação de Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de realização de um golpe de Estado.

“Nós temos relatos que vão se somando, sempre mencionando pessoas muito próximas a ele. Os delegados competentes para o caso, o próprio Ministério Público, o Poder Judiciário vão levar em conta isto na investigação”.

“Evidentemente nós estamos diante de um fato novo que fortalece a ideia que além da responsabilidade política, essa já evidente, há cada vez mais indícios conducentes à responsabilidade jurídica do ex-presidente da República e de pessoas ligadas a ele na medida em que revelações feitas pelo senador”, disse.

“Lembremos que o ex-ministro da Justiça tinha na sua casa um planejamento de golpe de estado. Então são como se fossem tijolos que vão se somando na construção de um edifício; este edifício já tem materialidade; qual é a materialidade? Golpe de estado. Era um edifício em que se arquitetava um golpe de estado no Brasil. Agora quem eram os arquitetos, os engenheiros e os mandantes da construção deste edifício é isso que a investigação vai mostrar”, finalizou Flávio Dino. (CNN)

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