Ser policial militar nos dias de hoje é viver em cima da linha se equilibrando entre a vida e a morte. Com o melhor aparato de armamentos e o poderio crescente de bandidagem, difícil saber se sai e volta para casa, pro aconchego do seu lar.
Além disso, o parco soldo, ao menos no Maranhão, que estimula e leva o militar a completar a renda fazendo bicos perigosos como segurança para não deixar a família passar fome.
Mas nas últimas 48 horas dois fatos chamaram a atenção. No primeiro, o soldado Gomes foi reclamar da comida que estava sendo servida atrasada e de péssima qualidade. Acabou e ainda continua preso.
Então, ser militar é comer coisas estragadas, tomar água barrenta, não lanchar e ainda por cima fora do horário, pouco importando se será ruim à sua saúde. O pior: não tem direito de reclamar.
O segundo, pior ainda. o 3º sargento Deusdeth, já na reforma por causa da consequência da diabetes e ser obrigado a fazer hemodialise todos os dias em Pedreiras, faleceu hoje.
Por causa das dificuldades financeiras que atravessou para compra de medicamentos e prosseguir no tratamento e garantir a permanência por mais tempo da vida, não restou dinheiro para fazer o enterro amanhã.
O que sobrou para a família foi a ajuda dos amigos para comprar o caixão. A sepultura custa R$ 1.500,00, além de outros acessórios para o enterro.
Para alguns não é nada, mas para um militar, que mesmo na patente de 3º sargento, custa muito, imaginem se fosse um soldado, com um soldo menor?
Então, ser militar significa se não tiver parentes que possam bancar o funeral acabarão sendo enterrados como indigentes, exceto se tiver a ajuda dos irmãos de fardas ou amigos?
Aliás, ser militar é acabar no abandono depois de reformado e doente? Então o Estado usa o militar e depois o deixa no esquecimento?
Quem pode colaborar com o enterro do militar, deposite na conta 27681-2, agência 2954-8, Banco do Brasil, em nome do tenente Euclides José Basílio Gomes
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