5 de jul. de 2017

Norte e Nordeste concentram 90% das mortes de ativistas em 2016

Norte e Nordeste concentram 90% das mortes de ativistas em 2016 (Foto: Junior Oliveira)A luta pela causa dos Direitos Humanos é uma pauta justa para muitas pessoas, mas que também é alvo de ataques e de violência extrema por alguns grupos. Apenas em 2016, 66 ativistas foram mortos no Brasil, sendo que 90% dos homicídios ocorreram nas regiões Norte e Nordeste. E o Pará, infelizmente, faz parte dessa estatística: o Estado figura como o terceiro no número de mortes de ativistas.
Os dados são de um levantamento realizado pelo Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, entidade que reúne entidades sociais e organizações não-governamentais, apresentado nesta terça-feira (4) , em Marabá, sudeste paraense. Segundo o estudo, o número representa um aumento de 32% em relação a 2015.
No ano passado, o Pará registrou a morte de seis ativistas dos Direitos Humanos, ficando atrás apenas do Maranhão, com 15 mortes, e de Rondônia, que teve 19 homicídios. Dos 66 casos, 40 mortes foram registradas em conflitos agrários, 11 em disputas por territórios indígenas e três por áreas quilombolas. Também há casos de assassinatos de jornalistas, líderes comunitários urbanos e militantes da causa LGBT.
No caso dos Estados no Norte, a maioria das mortes foi decorrente de conflitos com grileiros de terras e madeireiros. Foi o caso do assassinato do trabalhador rural Ronair José de Lima, morto em emboscada próximo à ocupação do Complexo Divino Pai Eterno, em São Félix do Xingu, em fevereiro de 2016.
O estudo considera como defensor dos direitos humanos "pessoas físicas que atuam isoladamente, pessoa jurídica, grupo, organização ou movimento social que atue ou tenha como finalidade a promoção ou defesa dos direitos humanos", de acordo com definição da ONU.
(Folhapress)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador

Este blog possui atualmente:
Comentários em Artigos!
Widget UsuárioCompulsivo